19 dezembro 2007

Um olhar

Um olhar


Sou aquele que me liga a ti,
com um toque sutil, carinhoso
as vezes desconfiado, as vezes amigável
as vezes um olhar, as vezes dois olhares.

Sou aquele que persegue os teus passos
e que inquieto, me ponho a bailar
procurando-te no horizonte,
procurando-te no luar...

E que sozinho me encontro
quando a ti não consigo guiar,
me sinto perdido, no escuro
procurando sombras que estão a vagar

E que somente a ti, minha diva
a minha atenção posso entregar
as vezes em um olhar,as vezes em dois olhares
no reflexo de minha alma

Encontra-se a sua morada,
o seu eterno lar


Magno Pinheiro

05 dezembro 2007

Entre dois lados

Entre dois lados


Entre dois lados
uma realidade se esconde
uma realidade se faz presente
escondida entre as linhas do seu rosto
te mostro aquilo o que reflete em mim

Os meus sonhos e desejos,
tuas esperanças incontidas
o teu reflexo puro, límpido
o retorno, o encontro

De braços abertos
retorno a ti...
tua imagem, tua qualidade
o presente escondido

Retorno a ti...


Magno Pinheiro

03 dezembro 2007

Sorrisos Quebrados

Sorrisos Quebrados


Sorrisos quebrados
fotos sem vida,
reflexos sem movimentos
perfume sem desejo

O mundo em seu eixo insano
em voltas e voltas
a vida que deixa o tempo para trás
a cada segundo que deixou de existir

Eu tentei matar as lembranças
tentei te matar...em mim
um dia após o outro
o desejo estava aqui
no meu peito ainda sinto...o calor

Dos afagos que jamais serão dados
dos carinhos, só resta o vazio...
um sopro sem vida

Tempestade de sonhos
lágrimas de saudade
desejo sem perfume...

Tentei te matar...em mim
mas os sonhos...ah! os sonhos
ainda existem
em inverso vivos
em versos vivos

Um aperto no coração...


Magno Pinheiro & Chris F.

29 novembro 2007

Violeta

Violeta


À pequena violeta,
que se inclina sutilmente contra o vento,

que colore lentamente as minhas manhãs,

que me afaga gentimente o coração

Hoje sou teu, hoje tu és minha

venha como encanto, venha como paixão

seja a noite ou o dia, apenas seja
eterna,
serena, um pedaço de mim

apenas seja....

um pedaço
um pedaço eterno de mim



Magno Pinheiro

25 novembro 2007

Me negue

Me negue



Hoje acordei com os seus passos
estampados em meus pensamentos
me guiando para um passado
onde não encontrarei mais o seu alento

Ainda sinto o seus lábios
e o brilho de teu olhar
pois ainda te vejo
em todo o lugar

Esqueço que os meus olhos
não podem te negar
me iludem, me enfraquecem
me deixam perdido e a vagar

Caminho sem rumo,
sem direção ou noção
perdido em lágrimas
ouvindo apenas a voz do coração

Que no mesmo ritmo
vem a lembrar das horas
que se foram
e que nunca mais irão voltar

Lembro de seus lábios
que me saciavam a sede...
não esqueço os teus olhos
que tantas vezes me evitaram...

E das noites que passei em branco
me embriagando com o passado,
ofuscando o presente...percebendo
que o teu abraço não iria mais me acalentar

Continuo meu caminho
tentando esquecer
que o erro de te deixar
só me fez sofrer

À dor...que me brindou diversas vezes
com lágrimas cristalinas
revelo-te hoje a minha repulsa
me negue, não me faça sofrer mais

Me negue



Magno Pinheiro e Douglas Marques

23 novembro 2007

Por toda a eternidade

Por toda a eternidade



Em um simples raio de sol
eu vejo toda a sua pureza
e até mesmo uma bela flor
não se compara a tua beleza

Desde de vales a campos
tua beleza não representa o fim
corro e busco por tua fragância
em meu reservado e luxuoso jardim

Sem nem mesmo entender
eu perco a noção da razão
E só me encontro seguro
no calor do seu abraço

Que aquece e me faz delirar...
fecho os meus olhos
e te vejo,te sinto
aonde o meu corpo não consegue te tocar

Me aprofundo em teu olhar
sem compreender
o porque do mundo parar
quando estou com você

E me vejo no reflexo de tua alma
no meu recanto, onde paira a eternidade
no meu campo secreto onde brota o jasmim
dos sonhos mais secretos que lhe mostrei

É como se eu voasse por entre as nuvens
ao reflexo do teu rosto
e por toda a eternidade
como um raio de sol, te encontrar

Assim sinto...
as horas,os minutos, as décadas
sorrirem e tocarem o meu rosto
imortalizando assim o meu desejo...

de me aprofundar eternamente em você...



Magno Pinheiro e Douglas Marques

20 novembro 2007

Sol de Meio Dia

Sol de Meio Dia



Algum lugar me leva ao nada,
sem que eu possa saber
me desvio de meu próprio caminho
vejo que não tenho mais nada a perder

Sinto o chão em que piso,
porém não consigo correr
vejo marcas de um passado
cicatrizes que não querem se esconder

Perdido entre montanhas e planícies,
ja nem sei mais quem sou
olho além de meus horizontes,
e relembro o que passou

São histórias e tentativas
de criar algo que um dia teve vida
em um peito onde ardia o fogo
só restam cinzas frias e esquecidas

Mas imploro a minha volta,
não que seja tardia
em uma chance tão remota
espero retornar ao sol do meio dia

Orgulhoso e banhado pela tua luz
sem mais mistérios velados pela solidão
hoje te apresento o meu olhar
isento dos caminhos, isento da decepção

Clareando a escuridão
agora vejo muitas glórias
agarrado ao teu segredo
vejo queimar as últimas horas

Do meu passado que se foi
de escolhas que não pude negar
de histórias que contadas uma vez
uma vez mais, abandonariam o lar...




Magno Pinheiro e Douglas Marques

17 novembro 2007

Procuro-te

Procuro-te



Procuro-te...
procuro-te em meus braços
procuto-te em teus beijos
procuro-te em tuas formas
em meus anseios, em meu peito

Procuro-te...
procuro-te em minhas estradas
procuro-te em minhas saídas
procuro-te na eternidade
em cada verso, prosa e rima

Procuro-te...
procuro-te em desenhos
procuro-te em fotos
procuro-te em quadros
e em cada rabisco que compoem a vida

Procuro-te...
desesperadamente em cada rua
desesperadamente em cada esquina
desesperadamente em cada bloco

Procuro-te...

Desesperadamente em cada verso
em cada prosa
em cada rima


Magno Pinheiro

09 novembro 2007

A Menina...

A Menina


Hoje, o sol raiou
e mostrou para a menina, que não mais solitária
namorava na praça, toda cheia de graça
com um olhar que a todos podia mostrar
que aquele amor um dia escondido
estava novamente no ar


No ar e perto daquele que o sentia !
respiração profunda e exagerada
e que do peito só não extravasava
porque tinha o meu corpo para lhe amparar


E o sol raiou
raiou novamente em seu olhar
criança devota da luz
felicidade maior não há


Menina faceira
mostre agora a beleza que reina em seus lábios
estampe a cor da felicidade, meu vermelho
cor de brasa que foi ateado novamente em tua boca


Faça o seu desejo virar realidade
crie a minha alma junto a sua
faça do seu corpo a minha morada
e estampe o meu desejo em seu sorriso


Me leve até aonde o seu olhar deseja me guiar
até a visão do paraíso...além dos limites
além do céu...do céu de sua boca molhada
que rega todos os dias o campo da felicidade,
de onde a mais lindas rosas vem relembrar a eternidade
e que de nossos braços sequer um dia deixam de brotar

Agora...

Levante-se,levante-se agora
me leve , me leve para longe
para longe de nossos limites
dos limites dessa praça,
praça onde estampou a tua graça
que um dia escondida
estava novamente no ar


Leve-me, leve-me para longe daqui
leve-me para o meu lugar,
a minha residência que se esconde em seu peito
o meu amado lar,
onde marquei o meu nome em todas as esquinas
do teu, do meu...
do nosso amado coração


E o sol raiou
tão puro e brando
que não cegou aqueles que desejavam ver
que o amor não estava apagado,
apenas estava guardado nas esquinas do coração
que agora não deixavam dúvidas
de que felicidade maior não há


Hoje…
o sol raiou...



Magno Pinheiro

19 outubro 2007

Cada pedaço de mim

Cada pedaço de mim


Cada pedaço de mim
agora transpassa um desejo...
sente falta do seu carinho
falta do seu anseio,
do seu seio...
que me acalmava quando estava por perto
que me enlouquecia, que me inquietava
que me fazia delirar...
e quando a sua boca
ah ! a sua boca...
quando essa, eu não podia tocar
a minha dor aumentava,
a minha decepção aumentava
a minha solidão aumentava...

A minha...a sua...
A nossa boca...

Elas se clamavam, se desejavam
e aos sussurros proclamavam
o que a respiração ofegante conduzia,
como em um início desesperado
como em um desejo retraído
o que por toda a vida não se podia evitar...
o encontro de duas almas famintas
pelo doce sabor dos lábios
que envoltos em uma líbido sem fim
saboreavam o doce sabor do pecado...

Elas se esfregavam, se tocavam
se amavam, se libertavam

O fôlego agora já não existia mais
as almas já habitavam juntas
se uniram, se amaram,
e da noite onde já não existia mais o luar
se fazia o dia, onde o sol já se fazia notar,
e agora cada pedaço de mim te deseja ainda mais
como um vício juvenil, como um amor primaveril
que não deseja ser apenas estação,
muito menos uma simples sensação
e que se deseja a cada vez mais
como a rocha que adorna fixa o solo
como o reflexo da lua que prateia o mar

Te desejo...e venero o agora
minha doce dama,
minha chama insana
que me incendeia e
que me faz delirar.



Magno Pinheiro

13 outubro 2007

Há um motivo

Há um motivo


Há um motivo,
para andar no escuro
para sumir em seu mundo
para negar as cores
para morrer e deixar de sonhar

Há um motivo,
tão só motivo
que tão sozinho abala
que tão sozinho sofre
que tão sozinho deseja estar

Há um motivo,
que deseja
que se entrega
que deseja
que sua lágrima não encontre o mar

Há um motivo,
que de tão sozinho
se perdeu no perigo
na prisão, no castigo
de esquecer o que um dia...

foi o brilho de seu olhar


Magno Pinheiro

18 setembro 2007

Caminhos

Caminhos


Tão triste, triste criança
separada do amor desde o dia em que nasceu
berço sem beira e nem cruz
vagueia pelo ventre da vida
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

Corre pela estrada
e busca a ciranda
de um dia a menos, de um dia a mais
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

Reata o destino
que carrega desde o útero
invólucro complacente
que leva a corda que enforca
e enforca o infortúnio
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

De um caminho
De um caminho sem luxo
De um caminho sem luz
sem luxo...
sem luz...



Magno Pinheiro

17 setembro 2007

Sonhos, crianças perdidas

Sonhos, crianças perdidas



Sonhos, crianças perdidas na solidão
imagens distorcidas, sem definição
caminho distante, perdido, sem solução
logradouro da alma cigana que não se apega,
mas que não se desprende de um mito perdido,
de um olhar sem compreensão

Sonhos, crianças perdidas na solidão
veias sem sangue, sem cor
dissolvem-se em vão
doentio consolo em meio a escuridão

Sonhos, os tão sonhados sonhos
onde o choro persegue
onde tudo que é vivo morre
onde o fôlego se dissolve
onde a realidade abraça a ilusão

Sonhos...
os tão sonhados
sonhos

São apenas crianças perdidas...
perdidas na solidão.


Magno Pinheiro

26 agosto 2007

Minha Majestade

Minha Majestade


Ó rainha, minha majestade de beleza sem fim
quero sentir o teu gosto e o teu perfume em mim
meu laço de ternura, minha deusa em forma de candura
quero o teu corpo se curvando em mim

Pode sentir quando te toco ?
Quando o meu desejo te demostra como sou sincero
Quando o meu desejo te incendeia
Quando o meu desejo se tranforma no teu favo de mel

Pode sentir quando te venero ?
Quando rogo a tua presença,
quando o meu corpo se encontra entorpecido
Por uma beleza que não tem fim

Ó rainha, minha majestade de beleza sem fim
quero sentir o teu gosto e o teu perfume em mim
meu laço de ternura, minha deusa em forma de candura
quero o teu corpo se curvando em mim

Abençoado seja o seu sorriso
que despertou o meu instinto
de procurar por tua boca
e de me rastejar perdidamente em seus lábios

Abençoados sejam os seus olhos
que me guiaram até a sua alma,
que vertiginosa e irradiante
me levaram a um novo nível de prazer

Ó rainha, minha majestade de beleza sem fim
quero sentir o teu gosto e o teu perfume em mim
meu laço de ternura, minha deusa em forma de candura
quero o teu corpo se curvando em mim

Quero te sentir, mesmo que eu me perca
em suas curvas, em seus caminhos,
e no vício que se tornou o meu destino
de me embriagar em você...

Quero te sentir
minha rainha,
minha mastestade,
minha beleza sem fim.


Magno Pinheiro

31 julho 2007

Seja meu espelho, Seja meu amigo

Espelho


Seja meu espelho,
Seja meu amigo,
dê-me a segurança de saber que sou compreendido,
que cada passo dado não foi inventado ou ensaiado,
que cada escolha diante minhas ações
tiveram os teus olhos para me guiar
e que mesmo quando não os tiveram
eu sentia claramente, que
você estava lá

Seja meu espelho,
Seja meu amigo,
aquele que dentre tantos, sempre me ajudou a sorrir,
aquele que dentre tantos, nos momentos de tristeza,
nunca tentou me abandonar
aquele que dentre tantos e tantos sempre tentou
e achou fácil me entender

Meu espelho
que entre tantos e tantos
foi o meu espelho
foi o meu amigo.



Magno Pinheiro

21 junho 2007

Reflexo do Nada

Reflexo do Nada


Três sóis rasgaram o horizonte
criando um conto de amarga discórdia,
revelando o que um dia não se poderia revelar...
Em um olhar, em um cristal sem brilho,
em uma rocha sem vida, em um reflexo do nada...

Intemperança, fruto de um erro sem fim...
Como ousou tocar a íris que buscava
a mais pura das visões ?
Terreno sereno, onde a alma pode se manifestar sem medo
da opressão que o corpo a condenou

Como ousou ?

Seja eternamente amaldiçoado, por ter roubado
a luz de meus olhos...

Seja eternamente amaldiçoado, por ter roubado
a chama que ardia em minha existência...
Seja eternamente amaldiçoado, por ter roubado
de mim um tesouro na qual sustentei o meu céu...

Seja eternamente amaldiçoado,
eternamente,
pois agora sou
cria de minhas palavras
...
um eterno

amaldiçoado




Magno Pinheiro

14 junho 2007

Saudades

Saudades...



Até o momento em que tuas mãos
deixaram de acariciar o que havia em meu peito,
a história era escrita pelo prazer
que resplandecia em dois olhares,
que moldados por nossas carícias
formavam os pilares de um distinto altar

Altar esse, que oferecia aos olhos de quem o contemplasse,
com as mais soberanas especiarias
vindas das longínquas terras de nosso coração,
solo sagrado onde somente
o teu amor desbravador pôde alcançar...

O seu...

Ao eterno e passado amor...

Saudades...


Magno Pinheiro

13 junho 2007

Existe algum motivo ?

Existe algum motivo...


Existe algum motivo para o seu silêncio me recordar
que temos palavras escondidas em algum lugar
de nossa memória, de nossas antigas conversas ?
existe um lugar em nosso peito que ainda guarda um rancor
um veneno sem cor, de uma dor sem amor, um nada...?

Existe em nossa mente, um desejo descartável
uma agonia tão infindável, que aprecia os minutos que se passam ?
Existe uma certeza que apesar de transparente,
tão transparente, cerca algum momento que vivemos ?

Existe alguma certeza ?

Existe alguma certeza,
que por mais que se afirme,
possa se confiar ?

Existe alguma certeza ?


Magno Pinheiro

05 abril 2007

A Flor

A Flor


Quando a flor exala
pela primeira vez o seu perfume,
ela não se preocupa
em qual coração tocará primeiro

Não se preocupa
em que dia ou estação desabrochará primeiro
Não se preocupa se é dia ou noite,
Nem se é janeiro ou fevereiro

Ela apenas o é,
sem mais preocupações,
temores ou resistências

Ela apenas o é
uma flor,
para nós dois ou para mil

Uma flor que floresce em nosso peito
e que perfuma a nossa vida
flor que não é roubada,
muito menos vendida
e que só nasce em um campo
que foi arado em nossas investidas
que são puras e descontraídas :
o coração juvenil


Magno Pinheiro

29 março 2007

Ossos e Correntes, uma paixão além de uma prisão

Ossos e Correntes


Eu jurei, nunca me apaixonar novamente
mas o fiz e assim,
quebrei os meus ossos e correntes

Eu lutei,
contra as palavras que vão e vêm
e vivi em paz,
esperando mais do que um simples beijo

Não estou sozinho,
meus desejos estão além do ardor,
esqueço promessas vividas e recheadas de dor
acordo em teus braços sentindo o que um dia se foi
Não estou sozinho,
em meus braços sinta o ardor

Eu senti, os seus lábios
tocando os meus novamente
e sorri,
amei amar, amei sorrir

E agora que sei que posso me apaixonar
te entrego as batidas do meu coração,
antes um ninho vazio, sem acalanto ou amor
e hoje, é um palco onde a estrela é a paixão.

Não estou sozinho
meus desejos estão além do ardor,
esqueço promessas vividas e recheadas de dor
acordo em teus braços sentindo o que um dia se foi
Não estou sozinho,
em nosso toque, reviveremos o amor.

Magno Pinheiro

22 março 2007

Histórias ainda vivas

Histórias ainda vivas



Lendas sobre o que foi feito
em um passado não muito distante
teu sangue se espalhou pelo solo
e fez brotar uma rosa onde ao invés das pétalas
podia se ver um emaranhado de veias
delimitando a agressão que foi roubar a sua vida

Um dia a mais em meu jardim...

Esquecido pelo tempo se não pela rosa
o carmim que ostentava nada mais era
que o seu vistoso sangue que um dia fluiu
em veias vívidas e oscilantes que faziam
parte de sua lenda, sua história

Um rio, que cavei em algum lugar...

Enquanto cavava por lembranças
nada mais do que um rio pude encontrar
sua água era turva e sem vida e o seu tom
não me era estranho, mas sim familiar,
era o vermelho que um dia conheci
e que de minhas veias deixei escapar

Reencontrei histórias ainda vivas...

E por anos a fio, tentei reencontrar
aquele maldito dia que eu não pude evitar
a tragédia estava marcada
com data, horário e lugar
e por anos seguidos percebi,
eu não pude te evitar...

De uma doce promessa...

E se pela terra troquei o meu sangue
e se por histórias troquei promessas,
te banhei com um pedaço de minha vida
e agora vives como minha doce promessa
De um amanhã a dois
não há mais o que lamentar
viva dentro de sua morada
e abrace aquela que dentre todas
não irá te rejeitar

Um dia a mais em meu jardim...
um rio, que cavei em algum lugar...
Reencontrei histórias ainda vivas...
De uma doce promessa...
que não irá me abandonar...

Magno Pinheiro

19 fevereiro 2007

Me perdoe, mas devo te deixar...

Me perdoe, mas devo te deixar...


Um brilho matutino,deixei de acreditar
que a luz seria a solução
um céu manchado de vermelho
fez com que eu não sentisse mais o sol

Você me fez sentir,
você me fez sentir,
uma solidão forte e viva
você me fez sentir

Há algum tempo
a luz me disse :
"Me perdoe, mas devo te deixar"
e o meu pranto foi em vão,
a história de minha vida
havia sido estirpada de minhas mãos

Você me fez sentir,
você me fez sentir,
uma solidão forte e viva
você me fez sentir

A noite de núpcias
foi desfeita e a minha dama
luz que vagueia em meus sonhos
não existia mais

Você me fez sentir
você me fez sentir
uma solidão forte e viva
você me fez sentir

Mudanças no breu de meu quarto
uma cama feita de mentiras
um descanso sem retorno
cicatrizes sem lembranças

Você me fez sentir
você me fez sentir
uma solidão forte e viva
você me fez sentir
Que o amanhã não irá existir
e que tudo aquilo que me fazia
sentir era um pedaço inexistente em mim

Você me fez sentir...


Magno Pinheiro

26 janeiro 2007

Enquanto abraço a noite...

Enquanto abraço a noite



Enquanto abraço a noite,
vejo que o seu olhar
resplandece o brilho das estrelas
que agora iluminam o vazio que antes
reinava por lá

Enquanto abraço a noite,
vejo que a sua boca
proclama um amor eterno
que só do seu coração
poderia emanar

Enquanto abraço a noite,
vejo que a sua pele
reflete a branda luz do luar
que revela um tom da mais alva
sutileza que os meus olhos poderiam tocar

Enquanto abraço a noite,
vejo que a sua presença
eu não posso mais negar
suspendo no céu o meu eterno e doce desejo
de me unir à aquela que entre todas as estrelas
foi a única que no meu céu
valorizou o prazer de amar.


Magno Pinheiro

18 janeiro 2007

Divida uma lágrima e destrua um sonho

Divida uma lágrima e destrua um sonho



Divida uma lágrima
e com tuas palavras destrua um sonho,
vele um desejo inesperado
Estamos sonhando ?
o dia se foi...

Com os olhos cerrados
desde aquele dia
que a luz se afastou de mim,
um grito foi consumido
por um desejo tardio
de liberdade...

A verdade se faz uma vez mais
no desespero que ecoa em minha mente
rogo palavras ao vento
em uma idioma vazio e doente,
meus lábios me traem uma vez mais

Agora eu me sento em um espaço vazio
que deixei entre minhas ações,
o passado e o presente se misturam
formando um diorama,
o meu quadro solitário de ilusões

Transformado em afago
presente único,
um tesouro abstrato,
vivo extasiado com a dor do passado
que o tempo não soube domar

Seco e sem vida
uma boca ostenta
a falta de carícias
que só o tua boca
poderia oferecer e apaziguar,
desejo ardente que a tua falta me faz

Atormentado pelo dia que se vai
corpo inquieto, assim a mente vai
procurar na realidade um resquício
de ilusão...ingenuidade !!!
Sinto que vou despertar !!!

Divida uma lágrima
e com tuas palavras destrua um sonho,
vele um desejo inesperado...

Espere,estamos sonhando ?
não mais, pois a noite se foi
e a realidade
despertou...


Magno Pinheiro