Fazer das palavras o caminho para os sonhos e dos sonhos o caminho para a realidade.
14 novembro 2011
Quebradiço
Quebradiço
O enforcado sem corda, desperta
na noite da palavra esquecida
buscando a mímica dos condenados
a mão que pesa na tentativa de reanimar
O coração em torpor, o fantasma do amanhã
que reprime a partida do som, em seu litoral,
peito sem vibração, som sem esquecimento
o corpo que já foi forte
No repetir da história, o tempo empilhado
em fotos que se evaporam, faz o sonho sonhar
no inverso sentido, da nova conquista
onde a chama contorna as pegadas, faça sumir
O que sangra na partida, o silêncioso andarilho
que chama o olhar das palavras impressas,
que busca a iris dominadora, a impressão digital da alma
ligeira, com o senso de ouro, a certeza de estar
Buscando por quem a busca...
no sentimento
que se pode tocar,
aonde está você ?
Magno Pinheiro
10 novembro 2011
Positivo/Negativo
Positivo/Negativo
A sobrevivência do suspiro,
as inúmeras palavras que sumiram,
o que houve com o abraço
que outro dia imaginei nascendo em você ?
A sombra da ávore, a barreira
de dois sorrisos, se escondendo,
risos até onde se pode escutar,
uma volta até o encontro
Do fragmento passado,
um sofá onde guardastes o teu calor
a silhueta estampada, seu exterior
o que se valia, o que se fez viver...
No formato de cada nuvem, memórias
que se faz provocar, dúvidas...
as formas se afastam, o que acontece ?
o vento que sopra, vejo o anjo partir...
Junto ao sol que se punha,
no momento em que existiu,
a imperfeição vivendo em ordem,
no nome que dela me fez
Um pouco mais feliz.
Magno Pinheiro
07 novembro 2011
Convite
Convite
Apenas pare de pensar,
a sua mente poderia fugir
das ilusórias e estranhas barreiras,
correntes feitas de olhos perdidos
Que vagueiam, se encaixam no nada,
e se pudessem, soprariam para longe
essa névoa pesada, tamanha criatividade...
névoa que vaga com o nome de imaginação
Puro reduto, estranhos acontecimentos,
me desculpe perguntar, mas...que horas são ?
sentir aquele passo tremer o chão,
e se levantar com a poeira, desses sonhos alados
Convidativos...onde está a saida ? pare...
dois minutos...o tempo passa,
e se faz necessário para alcançar
o coração, motriz desesperada, rítmica
Que enxerga o ontem sempre de maneira real
e esquece que só agora exala verdade,
bata, bata e bata...não, não seja violenta...
bombeie, sim, bombeie esse rubro doce que te alimenta
E que isso não te faça trincar os dentes
me desculpe perguntar, mas...qual é o seu nome ?
na carta, a sua assinatura se foi, os olhos se fecharam
e às 3 da manhã a sua voz não ecoou mais,
para longe voou, se deixou levar, sono...
...
Me convido a te encontrar,
fecho os olhos e imagino...
mudo, me esqueço como falar
suspiro...e volto...
Uma vez mais,
Onde está você ?
Magno Pinheiro
02 novembro 2011
Artesanato
Artesanato
Sobre o sopro de um amanhã,
se anunciou o último a saber
tal novidade arraigada em desejos
que fez das palavras um reflexo do irreal
De cantigas de roda balançadas ao vento,
das dobras que não existem em esquinas,
o conforto no morno tempero, cálido encanto
onde elas podem se esgueirar...tão risonhas
Hoje se balançam, na mirra que queima
nas imagens que se deixam levar,
na miragem dos sentimentos
do sentir e não tocar, irreais
Das mãos e braços cansados,
que já rogaram pelo descanso
antes mesmo de se levantarem...
nunca serão o medo, desconhecidas
E perto do sorriso, a cor do sol,
das moças cor de palha, uma antiga história
que em um outro tempo existiu, hoje fugitivas...
que carregam na pele vestida de palidez, um sentido...
O tato que toca com saudade,
o toque do seu criador...
Magno Pinheiro
Sobre o sopro de um amanhã,
se anunciou o último a saber
tal novidade arraigada em desejos
que fez das palavras um reflexo do irreal
De cantigas de roda balançadas ao vento,
das dobras que não existem em esquinas,
o conforto no morno tempero, cálido encanto
onde elas podem se esgueirar...tão risonhas
Hoje se balançam, na mirra que queima
nas imagens que se deixam levar,
na miragem dos sentimentos
do sentir e não tocar, irreais
Das mãos e braços cansados,
que já rogaram pelo descanso
antes mesmo de se levantarem...
nunca serão o medo, desconhecidas
E perto do sorriso, a cor do sol,
das moças cor de palha, uma antiga história
que em um outro tempo existiu, hoje fugitivas...
que carregam na pele vestida de palidez, um sentido...
O tato que toca com saudade,
o toque do seu criador...
Magno Pinheiro
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