22 janeiro 2006

Frutos Caidos...

Frutos Caidos


A amargura perfura o seu coração
com uma lâmina cega...
tão doentia, carente
lancinante, perdida...

Espalhe-se sem direção,
encontre o seu destino...
venha...
se encontre nas cinzas do seu apagado sol
um fúnebre destino...
a solidão já não lhe presenteia mais
com flores de cerejeira...
cansada...
estás tão cansada...

...

Podei de seu braço...
com as suas desculpas
egoístas e infantis,
a semente que gerava o seu transtorno
cansada...
estás tão cansada...
que ao deitar-se ao pôr do sol que nunca existiu,
escutastes despedidas sem destino
quem as proferiu ?
são palavras mortas...
apenas palavras...

...

A lua sem a noite, a noite renegando o dia
apenas virastes a própria escuridão
que toma conta de sua vida
...Assim...
aos sorrisos apagados
entrego os frutos caídos
Apenas alegre-se
a queda deixará de existir
pois o solo,
esse...
já não existirá mais...


Magno Pinheiro