20 dezembro 2006

Um suspiro, um encanto

Um suspiro, um encanto



Encanto,
Ah encanto !
um turbilhão de fantasias visuais
invadem o meu segredo, o meu mundo

Encanto,
Ah encanto !
aquele que sutilmente rouba de meu peito
o sopro da vida, que me faz suspirar pelo seu gracejo !

Encanto,
Ah encanto !
Divino encanto, um pedaço do paraíso
que diante de meus olhos hoje encontro !

Encanto,
Ah encanto !
a ti hoje me inclino e imploro
me abrace,
me encante,
e me ame uma vez mais

Encanto,
Ah encanto !
seja meu sereno,
meu sereno encanto,
seja meu sereno...
seja meu encanto...

meu encanto...


Magno Pinheiro

28 novembro 2006

Amadurecemos

Amadurecemos...


Amadurecemos,
da mesma forma que a terra em que pisamos
amadurece com a mudança das estações...

A Terra,essa mesma terra,
aprende a se adaptar a um novo momento,
a um novo clima, a um novo amanhã...


Amadurecemos,
de acordo com as situações da vida,
com a responsabilidade de nossos atos
e com a força de vontade de procurar por um novo amanhã...


Amadurecemos...
Amadureceremos...
E com certeza,
não deixaremos essa experiência
se esvair em um novo amanhã...



Magno Pinheiro

28 setembro 2006

Sombras

Sombras


Quem me segue !?
Quem me segue !?
Por que ?
Por que se esconde nas sombras ?
Por que ?
Por que envolve meus movimentos,
com a sua falta de clareza ?
Por que ?
Por que fazes o que fazes
e não honra as suas atitudes em minha fronte ?
Por que ?
Por que escolhe a escuridão dos meus passos
a verdade dos meus olhos ?
Por que ?
Por que soa tão furtiva se já não me desejas mais ?

Por que ?

Porque sou tudo aquilo que você esconde...
Sou tudo aquilo que você renega...
Sou tudo aquilo que você não deseja ser...
"a sua sombra..."


Magno Pinheiro

18 setembro 2006

O Dia em que o sol deixou de existir

O Dia em que o sol deixou de existir


Quero cegar os olhos da mente
fugir do subconsciente
me livrando de suas investidas,
fugindo das severas feridas
de um corpo sem vida

A passos ofegantes
me vejo distante
murmurando ao vento,
buscando o alento
em uma palavra acolhedora
que enterra o afago
no peito do maldito

És Criança solitária e impertinente
que não busca a salvação
entre o choro e o perdão
da alma doente que apenas demonstra
um sofrimento tardio e latente,
entre o amanhacer e o poente
mas que busca te encontrar
nos 7 ventos do oriente
e por caminhos
mais do que inconsequentes
a história do dia
em que o sol deixou de existir.


Magno Pinheiro

12 setembro 2006

Pinturas do Amanhã

Pinturas do Amanhã


Pintando o céu com histórias
o passado se espalha e se renova,
passando de passado a presente
um olhar nunca é mais do que uma prova
de que o amanhã é a certeza
de viver além das palavras
ostentadas pelo sonhador
que ama a verdade
e que abomina o desejo solitário
de viver uma ilusão encantadora
sacrificada do toque
daquele que deseja
o que está além do desejo,
puritano desejo de reencontrar
a raíz que gerou uma nova vida,
vida vivida pelo amor
que apazigua o peito daquele
que só deseja o encanto de uma vez mais
apenas uma vez mais, viver o que a vida
uma vez levou, e que só deixou amargar
no peito a semente da saudade.


Magno Pinheiro

31 agosto 2006

É vulgar...

É Vulgar


É vulgar,
o ardor que sinto por ti,
amor que incendeia a pele
e faz o corpo delirar

É vulgar,
o olhar que resplandece
e que simplesmente aquece
o desejo de te acariciar

É vulgar,
o seu jeito que alucina
e que de um jeito me fascina
e faz meu corpo delirar

É vulgar,
o jeito que a lua te ilumina
e que reflete nos olhos de menina
o desejo de amar

É Vulgar...


Magno Pinheiro

29 agosto 2006

Choros, prantos...

Choros, prantos

Mentiras contadas ao espelho
Um doce recanto de ilusão
Palavras...que hoje sem sentido
Ecoam diretamente ao coração

Gritos sufocados
Pelos prantos do perdão
Momentos solitários de desespero,
nos levam a perder a razão

Doentios devaneios,
frutos da perdição,
crescem de uma terra sem vida
onde a esperança...é procurada em vão

Choro evanescente,
lágrimas que procurarão...
Corram livres por estradas vazias
Corram !
atrás de um recanto para a sua amada solidão.

Magno Pinheiro

07 agosto 2006

Chamado do Tempo

Chamado do Tempo

O doce encanto
do chamado do tempo
de palavras a vozes
agora vejo o momento.

Momento...

De declamar a brisa
que nasce em meu peito
que guarda o tesouro
que te chama a cada momento.

Tesouro...

Que vive pelo sentimento
que guardo por ti,
que emana um desejo louco
que só em teus braços eu pude sentir.

Desejo...

De declamar além das palavras,
de enganar a noite,
de se esconder da madrugada,
para que com um beijo a eternidade fosse selada.

Beijo...

Que alimenta o desejo,
que desperta o tesouro,
e que dá vida ao momento,
transformando-o agora, em um pedaço do paraíso.

Magno Pinheiro

01 junho 2006

Incerteza

Incerteza

Enfrento o inverno,
palavras gélidas vindas de sua alma
Alma essa que não me reconhece mais
Apenas um estranho...
Um andarilho sem razão.

Coberto de neve,
Ceda branca que me envolve,
Congele meus sentidos, meus instintos
Me iguale a solidão
que sopraste em minha alma.

E em estradas,
Onde a alva lava não tem fim
Me sinto preso e transtornado
A passos fundos e cansados
Vestindo uma pele grossa
Que agora faz parte de mim

E no alto dessa estrada,
Onde a incerteza me aguarda
Uma única certeza é esperada :
"A de esquecer a estrada
que passou por mim.”

Magno Pinheiro

07 maio 2006

Aproveite

Aproveite


Ao eterno e apaixonado amante
que sonha em ter sua alma
de volta em seu peito
não fique triste...
nem me peça
tamanha tarefa
que será juntar
os pedaços de sua caixa
em formato de coração

aproveite os teus momentos de liberdade
e se despeça de suas memórias
que não lhe trarão mais dúvidas,
nem o sofrimento que foi a sua
única e verdadeira companheira
durante sua depreciada estadia

aproveite tua vida
que não será mais vítima
da partilha do seu coração
com aqueles que forjaram
correntes com tua carne e ossos
e se embebedaram com o teu doce sangue,
vinho tinto que transborda de tuas nobres veias
e encharcam o teu corpo de solitárias esperanças

Aproveite o solene encanto da perda
que vive a cada suspiro,
prolongados momentos que se esvaem
como uma canção sem refrão
apática aos ouvidos
daqueles que renegam a disfonia
de suas palavras

E agora criança,
que tuas chances nunca foram aproveitadas,
que tuas lágrimas sempre foram mais salgadas
que o extenso mar de preocupações
que te afoga impiedosamente,
seja levada as profundezas do adeus
pronunciado pelo túmulo carnudo
que repousa em sua face
empobrecida pela sua vida
e imersa em sua amada solidão.

Magno Pinheiro

21 abril 2006

Areias do Tempo

Areias do Tempo

Deixe as areias do tempo levarem a sua presença
assim como o tempo apagará as pegadas do andarilho da noite...
Deixe que o sopro de tuas velas vague pelas praias
procurando o sonhador que perdido em suas fantasias
pueris e insolentes, vislumbrará com o mesmo olhar de uma criança
o contorno de suas mentiras, desenhos sem padrão
que apenas escurecem ao passar dos anos
e se tornam parte de sua sombra
que já não molda mais o teu corpo,
e sim a sua alma distorcida e estampada
do tom mais negro de suas palavras.

...

Chorará agora com o tempo que passou
teus últimos passos e lembrará das areias do tempo
que levaram a tua presença para além da noite,
aonde o dia vem pincelar no céu
seus primeiros tons de verdade

e assim encontrará o teu caminho perdido
e verá que sua sombra nunca te abandonou,
mas sim implorou pelo teu perdão por ser refém
de sua limitada vontade suscetível
aos prazeres da vida que ainda
vagam no teu ser...



Magno Pinheiro

13 abril 2006

Uma Carta com um fim...

Uma Carta com um fim


À minha doce charada
que fez com que eu serrasse meus olhos
me entregando a miséria dos fatos,
a verdade sem destino
um frívolo engano

...

Destino tuas palavras
ao seu enterro, ao seu próprio fim
como uma lâmina sem fio
cega , doentia...

...

Servistes apenas ao teu gosto
sabor amargo que dilacera sua lingua
e dilata meu peito
com um grito sem eco
agonia...maldita agonia

...

Ferve no teu peito o desespero,
mais uma canção de ninar
sufocada pela sua ignorância
discrepância admirada pelo eterno sonhador

...

Agora chore , apenas chore....
chore a chuva,
que molhará o seu jardim
sem vida e repulsivo
apenas chore ...
e esqueça...
de mim....



Magno Pinheiro

09 abril 2006

Desejo Carnal

Desejo Carnal


Te abraçarei, nos campos verdejantes
louvando tua carne,
me entregando as suas curvas
me embriagando em seu prazer...

Rastejarei em sua pele
sentindo o fogo de sua paixão,
que clama pelo meu corpo
que apagará sua solidão

Sufocarei o teu peito
arrancando suspiros de prazer
me deleitando em seus devaneios
sentindo o teu corpo tremer

Atravessando os teus vales
o teu gosto irei saborear
te guiarei a perdição
que só os meus lábios podem lhe dar

Deslizarei pelas suas estradas
Mas qual caminho deverei tomar ?
Esquerda ou Direita ?
O que importa ! Ambas irei deliciar !

Retornarei ao caminho,
que me levará ao destino final
onde o fogo arde
onde o desejo é carnal.


Magno Pinheiro

06 abril 2006

Sono pesado

Sono Pesado


Acordando de um sono pesado
Embalado pelo perdedor
Sofrimento exacerbado
Uma forma de amor

Vagarosas melodias
Ecoam pelo ar
Sonolento é o destino
De quem se prontifica a amar

Mentes destruídas
Pela retorcida escravidão
De um sonho sem fim
Sem começo, sem perdão

Misterioso é o afago
De quem não conhece o refrão
Repita em sua mente :
O seu fim é a solidão.


Magno Pinheiro

04 março 2006

Deixe-me

Deixe-me...


Deixe-me sussurar em seu ouvido
a melodia que nos encanta,
a chama que nos incendeia,
a paixão que nos sufoca

Deixe-me ser a brisa que te toca
que acaricia a sua pele,
que balança suas pétalas,
que completa o teu ser

Deixe-me ser a água que te banha
que refresca a tua pele,
que mata a sua sede,
que completa o teu ser

Deixe-me ser o céu
para que eu possa lhe erguer,
seja a rainha que me encanta,
assim quero você

Deixe-me ser a luz do luar
que iluminará o teu ser,
que iluminará o seu corpo,
assim quero você.



Magno Pinheiro

02 março 2006

Anjo da Noite

Anjo da Noite


Seguro tua mão enquanto
te vejo dormir
embalo os teus sonhos
aos teus lábios sentir

És serena e sutil
como a luz do luar
minha princesa encantada
ao teu lado quero estar

Atravesso a noite
sentindo o seu coração
que bate junto ao meu
elevando a nossa paixão

Vejo a eternidade,
vejo a paixão,
vejo que nossos sonhos
esses, se realizarão

Vejo a noite passar
mas mesmo assim estarei lá
te cobrindo de beijos
até te despertar

Pois...

Sou o teu Anjo da Noite
que adora te amar
com minhas asas te protegerei
onde quer que você vá.



Magno Pinheiro

25 fevereiro 2006

Mil Maneiras de Amar

Mil Maneiras de Amar


Mil palavras são ditas
A brisa do mar
Que carrega a minha alma
Que deseja te amar

Mil estrelas
No céu irei contar
No veludo dessa noite
O teu nome irei formar

Com mil passos longos
A ti quero chegar
Te abraçar profundamente
Me entregar ao seu olhar

E em mil encontros
Mil beijos iremos dar
Mil carícias trocaremos
Mil maneiras de amar.


Magno Pinheiro

18 fevereiro 2006

O que você é

Se quando você me quis
Eu fui para você
Se quando você quis outro alguém
Eu me afastei
Se quando você pediu por luz
Eu pus meu corpo em chamas
Se quando você quis sangue

Eu cortei minhas veias
Se quando você quis amor
Eu me sangrei outra vez
Se eu for embora (...)
Fica tranquilia que eu sei
que você encontrará um outro escravo
Porque eu te dei tudo
Mas então você quis mais!!
Só que agora eu estou livre do que você quer
Estou livre do que você precisa
Estou livre do que você é.


Rodrigo Reis
sobre obra de cris cornell

Eu sou a estrada

Pérolas e cretinos ao meu redor
Longo e cansativo meu caminho tem sido
Eu estava perdido nas cidades
Sozinho nas montanhas
Nenhuma pena ou piedade
por ter partido
Eu senti.

Os amigos e os mentirosos
Não esperaram por mim.
Porque eu irei conseguirtudo sozinho
Eu andarei milhares de milhas

E perto demais de você
Me sentiria.

Eu não sou suas rodas que giram
Eu sou a estrada
Eu não sou o chão que você pisa
Eu sou o céu
Eu não sou o vento soprando em você
Eu sou a luz brilhando
Eu não sou sua Lua de outono
Eu sou a noite

Cris Cornell

12 fevereiro 2006

Ranhuras em meu ser

Ranhuras em meu ser


Vejo flores mortas em meu jardim,
sinto o perfume de jasmim;
Me encanto com um choro que não tem fim
desse acalanto cantarolado por mim.
...
Vejo lágrimas a vagar
vindos do azul do seu mar,
que fitam sem pestanejar
o término do que irá se iniciar.
...
Um afago doloroso
mascarado como paixão,
seu sentido pernicioso
nos desviará da razão.
...
Palavras se encaminham
a dura via da ingratidão
ranhuras são marcadas
no meu canto , na minha solidão.
...
Cercado pela minha agonia
encurralado pela decepção
me despeço de mais um devaneio
de mais um longo momento de perdição.

Magno Pinheiro

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=7935910
comunidade que participo e posto alguns dos meus poemas que escrevo aqui

22 janeiro 2006

Frutos Caidos...

Frutos Caidos


A amargura perfura o seu coração
com uma lâmina cega...
tão doentia, carente
lancinante, perdida...

Espalhe-se sem direção,
encontre o seu destino...
venha...
se encontre nas cinzas do seu apagado sol
um fúnebre destino...
a solidão já não lhe presenteia mais
com flores de cerejeira...
cansada...
estás tão cansada...

...

Podei de seu braço...
com as suas desculpas
egoístas e infantis,
a semente que gerava o seu transtorno
cansada...
estás tão cansada...
que ao deitar-se ao pôr do sol que nunca existiu,
escutastes despedidas sem destino
quem as proferiu ?
são palavras mortas...
apenas palavras...

...

A lua sem a noite, a noite renegando o dia
apenas virastes a própria escuridão
que toma conta de sua vida
...Assim...
aos sorrisos apagados
entrego os frutos caídos
Apenas alegre-se
a queda deixará de existir
pois o solo,
esse...
já não existirá mais...


Magno Pinheiro