20 agosto 2011

Morena

Morena


Morena, com os lábios cor de flor,
que se esconde dos meus olhos, véu de mistério
Passa e só o perfume deixa, rastro do único,
paraíso que se distancia...nos teus braços quero estar

Mas ainda sim, sonhando na beirada na cama...estou
Porque na sua realidade não consigo estar ?
A calma que se aloja em um tempo futuro
Longe de mim ainda quer se encontrar

Não brinque comigo !
Ampulheta que comanda o invisível...
Derrame tua areia e faça a espera se encurtar,
Sopre para longe essa tortura, com as palavras do presente

Regendo a certeza de não virar mais um sonho,
assim que em minha cama despertar, encarando,
o persistente passado que de minha consorte se fantasia
dona sem rosto, sem sombra e calor, do não imaginar...

Até o próximo sol raiar,
Morena...


Magno Pinheiro