09 novembro 2010

Cores

Cores


Reclamar das cores que não se vê
O que há de errado com os meus olhos ?
Perguntas, evidências, transtornos
Tudo seguindo a desordem do viver

Recolho as fotos, onde as roupas
Pintavam momentos, estranho fato
Na falta de tato, no veio sem ouro
Nada mais brilha no escuro

Contraste vertiginoso da mente
Que opulenta, grita ao eco sem fim
Centenas de fatos que mexem
Com o que foi guardado

Em cada lugar, em cada bolso
Na alegria que fugiu de perto
Que chorou saudade, não aceitou
Perdeu a sina do alegrar

Na matiz que faz o tom ser mais,
Um azul amanhã, um lindo alçar
Do caminho de terra, que margeia
No horizonte, o olhar do pedinte

Que ao longe viu reclamar
das cores que agora não pode tocar.


Magno Pinheiro