26 outubro 2008

Quanto de mim perdi...

Quanto de mim perdi...


Aquele sussuro repentino
Que me faz te sentir perto de mim
Aquele perfume que não me faz te perder
Menina, tudo o que você deseja se encontra nas 4 linhas

Do amor que sinto por você
Do amor que você sente por mim
E que me faz repetir em minha mente :
"Quanto tempo faz que eu não sei, o que é não te amar"

Então pela eternidade eu decidi,
Não olhar para trás,
Não olhar para onde não encontro o teu corpo
Que procura pelo meu

Como um animal no cio
Procurando saciar-se em meu corpo
Em um momento onde eu não paro de repetir :
"Me faça perder a razão, me controle no seu caminhar"

Cheio de malícia, desejo
Pelo teu beijo, pelo teu anseio
Me faça caminhar, rastejar até você
Te encontrar tão viva querendo a mim

Junto a ti, sempre querendo mais
E mais de mim querendo-te mais
Quebrando regras que não existem
Em meu devaneio, ao pensar...

Quanto de mim perdi...
antes de te encontrar


Magno Pinheiro

24 outubro 2008

Segundos

Segundos


O querer, o poder
Te abraçar nas nuvens com a minha alma
Que só deseja o teu enlace
Que me aperte e não me solte mais

Entrelaço versos, rimas e sons nesse apertar
E expresso palavras em harmonia e amor
Escrevo pensamentos como em um lapso de memória
Do meu interior tatuado de saudades !

Detenho-me a doces recordações
E me envolvo em súplicas de felicidade !
Sinto-me leve, me perco sanando a sensação
Sugando teu sabor sensual, em teus lábios imerso
Uso seu prazer no meu, sedento... sinto-me leve

E que tão leve, solto fico, se esse embalo me levar
À loucura, ao extremo prazer que revigora
Me incendeia, me faz invocar tua brasa
Onde a queimadura seria o prazer de te tocar

Numa lentidão impulsionante que trai seu significado
Acelerando, bem rápido, o íntimo, lascinante do coração
Numa canção de amor tocada
Pelas cordas da natureza...

Silêncio, minha voz se silencia para te ouvir,
falar de amor com gestos...

Que consomem, corroem, dilaceram...
Se no teu peito, meu alento não tocar
Tua pele, vestimenta do prazer, cor de seda
Revigoro meus sentidos, quando perto de ti venho a estar

Lembranças, fantasias!
Rostos que ficam, sorrisos que perduram;
Luzes que não extinguem, momentos, fatos...você.
Tudo passa deixando marcas profundas e indeléveis

Doces recordações ! Meu doce desejo!
Prezo o momento de aguardar
Pelo teu toque, que do torpor irá me retirar
Pelo teu doce encanto, pelo infindável amar


Magno Pinheiro & Sandra Araújo

23 outubro 2008

O Amor é...

O Amor é...


O amor é...
Como um pedaço de sonho
Tão lúcido, tão vivo
Que chego a pensar aonde estou

Se em teus braços,
Ou nos braços do que desejo sentir,
Que vive e me ensina a viver,
Pelos teus beijos

Que unem almas,
Que nos ensina a esquecer preocupações
Que nos ensina, o que é trocar desejos
Afagos, anseios, tudo pelo teu toque

Que cobre o meu corpo de sentimentos,
Arrepio que brota do quebrar do gelo
Que existia sem a tua presença,
Hoje o calor nasceu...

E me aqueceu prontamente,
Sem que exista o medo
De me queimar pelo o que eu desejo sentir
E que tão vívido continuará a ser

Depois de te sentir, pois vivo sempre estará
Em minha memória, em meus desejos
De novamente não adormecer, o que foi despertado
Por mais que eu me esforce

Não é a ti que quero perder
Mas o desejo de ficar só,
E que ele se perca no deserto
Onde deixarei em distantes lembranças

Mas que também marcam o início,
De te ter em meus braços e abraços
Quando hoje proclamei
O que o amor é...

Sentir o que sempre sentirei por você,
O prazer de amar...


Magno Pinheiro

22 outubro 2008

Você Acredita ?

Você Acredita ?


Pequenos impulsos brotam do meu ser
Me levam a loucura,
São donos de um mundo só meu
Onde um espelho não reflete o meu sorriso

Dona loucura, não me diga mentiras
Não posso te suportar mais
Como uma tatuagem em minha mente
Não posso apagar as tuas linhas

Das paredes, cantos, recantos
Onde guardo os teus desenhos
Que fora de um molde,
São os que eu não desejo fitar

Aprisione-me em tuas mentiras
Teu desejo de ver somente o que deseja ver
Ah...como eu juraria verdade sem você !
Mas não posso me despedir do que mora em mim

Eu poderia me desgovernar,
Mas há crença em minha mente,
Onde ainda guardo um pedaço que não nasceu de ti
Me jogue em suas linhas, dona de minha loucura !

Dona de passos desconexos, palavras amorfas
Que destinam o destino, e ao destino...
Sopro o que não entenderia por não julgar
Aonde estou ?! tão confuso, tão insano !

É o gemido que proclama de tua boca
Com o fôlego quase esguio de um peito falido
Sem afago, sem perdão, meu perdão
Não posso mais te aguentar

Você acredita em sua mente ?


Magno Pinheiro

15 outubro 2008

Eu quero estar

Eu quero estar


Uma sombra em nossos passos
uma entidade separada
unida pelo o que me fez pensar
no meu eu, quero te encontrar

Além do que eu possa resolver
não ultrapasso os teus limites
ao meu lado tua silhueta se forma
te aviso, sou um pedaço de sua vida

Aquele que brinca com a sorte
que brinca com a solidão
que te envolve em tudo o que acontece
e no final sou o teu par, verdadeiro par

Observe, estou aqui
pronto para lhe amparar
mesmo sem fé, perdido
sem nenhuma palavra a entregar

Não, eu não tenho vida
apenas sou um entusiasmado
onde minha personalidade se mostra
como um pedaço daquilo que deseja mostrar

Não me abandone em sua mente,
eu te sinto, tão vivo
que não posso ultrapassar
ao seu lado
ao seu lado

Eu quero estar...


Magno Pinheiro

01 outubro 2008

Dia e Noite

Dia e Noite


Dia

Nem todo dia é feito de dia,
tem dias que o dia vai até o meio dia,
e o resto é só melancolia
passatempo onde te encontro, solidão

Que me abraça, me acalenta
me encanta e faz do meu olhar
teu objeto de veneração
teu recanto em meu canto

Canto onde juro melodias sem palavras
que guardadas em meu peito
adormeceram quando vieram a saber
a quem endereçavam solidão

Que tão fria prospera
por não querer me esquentar
no sol do dia que é noite
na noite fria que não tem luar


Noite

Nem toda noite e feita de noite,
tem noites que a noite vai até a meia noite,
e o resto é só diversão
passatempo onde te encontro, amor em forma de paixão

Que arrebata e desespera,
que ascende e lá no alto te espera
com um lenço em cada mão
para o teu caminho atar

Atado, tocado pelo teu carinho
tão tocado e atado me sentindo vivo
e por dentro querendo estar
e por dentro querendo morar

E se atado ao teu peito, ficar
rezarei para o dia, dono do amanhã
que me afague, que me ame e me beije
no encontro das horas

que do dia à noite,
da tristeza a felicidade
irei encontrar

Magno Pinheiro

Visões do que é meu

Visões do que é meu


Não posso deixar o teu rastro
consumir o meu mundo, labaredas que castigam
salientam o calor que guarda em suas palavras
agressividade infantil, egoísmo pueril

Onde em um laribirinto esconde o teu eu
criatura assustadora, dona de verdades
e que só ela pode enxergar,por paredes de vidro
o que vês não pode tocar

Ande a sua volta, seja o seu eixo
crie motivos que me façam fugir
de sua órbita insana, seu pesadelo
seu início, seu fim

Seu eco alardeoso,
chama apenas a atenção de teus ouvidos
cujo a voz corresponde ao teus desejos
de focar no teu peito, um mundo só seu

E por mais dizer, que se encontre na piedade
a serenidade não faria companhia,
pois teu destino ainda está longe de ser
o que um dia os outros desejam de você.


Magno Pinheiro