28 setembro 2006

Sombras

Sombras


Quem me segue !?
Quem me segue !?
Por que ?
Por que se esconde nas sombras ?
Por que ?
Por que envolve meus movimentos,
com a sua falta de clareza ?
Por que ?
Por que fazes o que fazes
e não honra as suas atitudes em minha fronte ?
Por que ?
Por que escolhe a escuridão dos meus passos
a verdade dos meus olhos ?
Por que ?
Por que soa tão furtiva se já não me desejas mais ?

Por que ?

Porque sou tudo aquilo que você esconde...
Sou tudo aquilo que você renega...
Sou tudo aquilo que você não deseja ser...
"a sua sombra..."


Magno Pinheiro

18 setembro 2006

O Dia em que o sol deixou de existir

O Dia em que o sol deixou de existir


Quero cegar os olhos da mente
fugir do subconsciente
me livrando de suas investidas,
fugindo das severas feridas
de um corpo sem vida

A passos ofegantes
me vejo distante
murmurando ao vento,
buscando o alento
em uma palavra acolhedora
que enterra o afago
no peito do maldito

És Criança solitária e impertinente
que não busca a salvação
entre o choro e o perdão
da alma doente que apenas demonstra
um sofrimento tardio e latente,
entre o amanhacer e o poente
mas que busca te encontrar
nos 7 ventos do oriente
e por caminhos
mais do que inconsequentes
a história do dia
em que o sol deixou de existir.


Magno Pinheiro

12 setembro 2006

Pinturas do Amanhã

Pinturas do Amanhã


Pintando o céu com histórias
o passado se espalha e se renova,
passando de passado a presente
um olhar nunca é mais do que uma prova
de que o amanhã é a certeza
de viver além das palavras
ostentadas pelo sonhador
que ama a verdade
e que abomina o desejo solitário
de viver uma ilusão encantadora
sacrificada do toque
daquele que deseja
o que está além do desejo,
puritano desejo de reencontrar
a raíz que gerou uma nova vida,
vida vivida pelo amor
que apazigua o peito daquele
que só deseja o encanto de uma vez mais
apenas uma vez mais, viver o que a vida
uma vez levou, e que só deixou amargar
no peito a semente da saudade.


Magno Pinheiro