Tempo
Tudo que começa, termina
Dentro de nossas idéias
Dentro de nosso querer
Dentro do nosso sentir
Um universo inconstante
Brandindo ser perfeito
Somente no sentir de dois
Quando no menos, um se faz partir
No berço da cegueira que sufoca
No ninho do toque que emudece
Como velar pelo querer,
Se ao vento me encontro ?
No tal destino que manejas
Palavras cruzadas, entendidas
Organizadas, um vago compreender ?
O que desejas dizer dentro de sí ?
Sopro sem direção, norte, sul...?
Me perco com os braços abertos
Que me direcionam o desejo do abraço
Ao longe, mar distante, veraneio invernal
Mas, o querer, que de longe vejo
Que de perto se ausenta, se foi...
Mas está ali, eu o vejo, podes ver ?
Mas está lá, eu o vejo, ainda podes ver ?
Magno Pinheiro