18 dezembro 2008

Sinta...

Sinta...


Sinta, o que eu sinto
Quando eu me encareço pelo teu toque
Sempre buscando o teu regorjeio, teu canto
Que desperta aquele instinto

Tão vivo...o meu coletivo insano,
Minha coleção de desejos,
Trancados por uma cela feita de quatro cantos,
Aonde o meu corpo tão egoísta e faminto

Te deseja intensamente, e deseja se fechar
Somente...somente em você...percorrendo, deslizando
Vagueando pelas tuas partes tão quentes
Tão íntimas, tão minhas, no meu egoísmo

Que me dilacera a alma em um devaneio,
Que me incendeia, que me encandeia
Por saber que o que me motiva
É saber que o teu corpo, pertence ao meu...


Magno Pinheiro

15 dezembro 2008

Liberdade

Liberdade


Eu gostaria de poder velejar pelo mar
E prensar a minha sombra contra as nuvens
Moldar o meu universo de idéias,
E me deixar levar, por onde o vento quisesse me guiar

Tão solto, viajando por correntes
E por correntes caminhar, para onde o seu elo
Me levasse, àqueles que na mesma corrente
Viessem a buscar, liberdade, liberdade...

Que o corpo busca, sede insaciável
Fome insaciável, um corpo sem asas
Um caminho para o paraíso, o eterno...
Desejo de voar ao lado de tuas asas

Formando um vasto corpo, um vasto...
Corpo de andarilhos do ar
Andarilhos que vão e que vem
Sem destino certo, a vagar

Pelas linhas do eterno, sem estarem presos
Livres, a busca de respostas, a busca de perguntas
Mas que ao mesmo tempo, livres delas viriam a estar
Livres, como pássaros sem um ninho, livres

Sempre a buscar do néctar da felicidade
Que viria a viciar e momentamente preencher,
E logo mais despertar novamente fome, sede...
Por algo que eternamente vivenciarei

Mesmo com os pés voltados para o céu
Minha morada, e que de cima a abaixo
Viria a te encontrar, sobre os meus olhos
Estendendo as mãos a procura da corrente...

Do elo, que o meu braço viria a se transformar
Quando ao meu lado viestes a ficar
Em busca daquilo que sempre desejamos
E que nunca pararemos de almejar

Liberdade...


Magno Pinheiro

Se eternamente por ti

Se eternamente por ti


Todo corpo feito de pecado,
Molhado, secado, e novamente molhado
Pelo corpo que seca o corpo,
Pelo corpo que molha o corpo

Em eterno alvoroço, em eterno prazer
Dois amantes entrelaçados, ao toque
Ao que é teu, ao que é meu
Ao anoitecer, ao amanhecer

Tempo que aquece e esquece
Onde existe penumbra, sombra
Que perdura, incesantemente
No rastro de luz que o meu olhar alcança

Ao longe e ao mesmo tempo perto
Dos teus olhos, que alcançam o universo
De palavras que só o teu olhar pode passar
Complementando a palavra gêmea

Que desde sempre no meu olhar veio a morar
Sempre a busca daquela metade, tão viva
Mesmo em sonhos, tão viva
E tão viva a morar

No reflexo do meu olhar
Aonde vejo e revejo,
Idealizo, e por ti caio em gracejos
Quando vejo que o pecado seria

Se eternamente por ti
eu não viesse a me apaixonar


Magno Pinheiro

14 dezembro 2008

A quem o desejar...

A quem o desejar...


Minhas palavras não cabem no seu espaço mental
Elas não se retem e transborbam pelos seus olhos...
O transbordar não enche a minha janela
E basta uma palavra uma reles palavra

Para ocupar o meu espaço, meu grandioso espaço
O meu caderno de escritas invisíveis...
Já criou o seu mundo, que não consegue se prender
Nem a paisagem da foto mais linda, que se consome...

Não posso mais te ver
Pois é pequeno por fora
É inexpressivel quando se toca
No momento, no agora, no verbo

Que proferi buscando outro momento
Tão vago, passado, e que enxerguei
Quando procurei pela palavra
Que somente o meu fôlego soube sustentar

No vago espaço do tempo, no meu tempo
Tão pequeno, tão...e só tão...só
Que pendurei uma história nessa janela
Manchada pelo basta que almejei ao olhar

Um quadro de idéias, formas, cores
Maiores e melhores, para mim
Meu egoísmo, que hoje canto
Para a brisa mais suave
...

Levar como despedida

Para quem o desejar...


Magno Pinheiro e Marco Souza

10 dezembro 2008

Moreninha

Moreninha


Moreninha, linda de se ver
Teus olhos são frutos do mais puro desejo
Vivos, marcantes, cambaleantes
De um jeito tão seu

Conduzem para caminhos,
Onde não existe maldade
Pois tu és feita de luz
Que ilumina e transcende

Queima, arde e que de um jeito tão seu
Surpreende, por ser mulher criança
Mulher deusa, mulher que amadurece
O fruto do meu desejo

Aqui no terreno do meu peito,
Vasto campo, teu arrado,
Marcado por você, com tuas passadas
Teu ritmo, flor...

Que guarda junto ao teu perfume,
Junto ao teu cabelo
Com jeito de menina mulher
Que faz da risada marcante

Um canto de veraneio,
Onde alegria, teu recanto
Se transforma na morada daqueles
Que a ti vieram procurar

Tão viva na roda,
Roda da vida não viva
E que saudades vem a deixar,
Quando a tua voz para de ecoar...

No Fundo da roda do meu coração...


Magno Pinheiro

06 dezembro 2008

Foi-se o tempo

Foi-se o tempo


Foi-se o tempo,
Que se deixou levar
Levado, por palavras
Um dia antigo que se passou

No ontem, foi deixado um par...
De idéias, desejos, vontade
Conhecer era o mistério
Mistério que o tempo soube moldar

Com mãos de quem ainda espera encontrar
Respostas, em um toque, em um momento
De desconfiança, cria de um passado incerto
Do que foi resolvido e resolvido deixou de ser

Mas, isso não é certo, ou não seria certo
Dizer que o tempo foi o único a criar
E levar e deixar de formar o que poderia...
Poderia mas não foi, pelo medo de sustentar

Um peso que cansaria o corpo,
Afundaria os passos meio a um sorriso
De quem não sabe se seria certo sorrir
Ou simplesmente vivenciar mergulhado em sentimentos

O que poderia ser, ao lado de dois
Ao lado daquela que poderia ser minha
Minha alegria, minha decepção, meu desejo de criar
Minha palavra, meu abraço, meu afago no peito

Foi-se o tempo, por sermos dois
E no mesmo tempo um tempo em cada tempo
Vivenciado de uma maneira, que quisemos vivenciar
Fugas, desculpas, jogos, tudo o que podia

E o que não podia,
E pelo mesmo motivo
Sem o abraço sincero do outro,
Viemos a ficar

Sem o outro, sozinhos...


Magno Pinheiro

04 dezembro 2008

Medo e Coragem

Medo e Coragem


Tive medo de dizer mentiras,
Tive a coragem para dizer verdades
Em um redemoinho insólito
Minha mente procurou em vão

Situações que poderiam ser
Contadas como linhas enfileiradas
Palavras organizadas, histórias
Livro com cor de vida, saudade

Choro ressentido, que nasceu de um amanhã
Sem um agora, sem nada a contar a mais
Por per sido perdido, por ter se perdido
Em uma confusão que somente eu não poderia sustentar

Com braços frágeis e ressequidos
Pela falta de água que nutria meu corpo
Usada para limpar a estrada que a alma toma
Para a ti chegar, e para ti retornar

Ao menos uma vez, ligeiro, como um pensamento
Que somente o vento entende por ser ligeiro
Desapegado, que vive entre trilhas e esquinas
Caminhos por onde andei, caminho por onde andará

Sem passos fixos, somente saudade
Um ali , um outro ali, e um outro lá
Somente saudades, saudade ligeira
Que passa e não se desgoverna

Nem ao menos titubeia, somente passa,
Nesse redemoinho insólito chamado saudade
Onde ruas possuem nomes, e onde nem ao menos
O meu nome, encontrarei por lá

Tive medo de dizer mentiras,
Tive a coragem de dizer verdades
E mesmo um coração que chora
Não nega...sentir saudades


Magno Pinheiro

03 dezembro 2008

Traços

Traços


E tracejo, por linhas tortuosas
Caminhos, tão longínquos, tão vertiginosos
Que o tempo se distancia do meu espaço
E me faz procurar pelo novo dia

Onde voltei a me perguntar
Se em meu espaço, as horas vieram a contar
Histórias onde tudo era o nada,
E o nada era tudo o que se desejava criar

Fora do esquecer, fora do meu muro
Apelo puro, onde lamentava...um lamento
Que ocupava meu espaço em um abismo
Quadro que esqueci de pintar, sem tinta

Pele seca, sem vida, sem direção
Acima, abaixo, esquerda ou direita
Meros acontecimentos, leves enganos
Aquilo o que foi pensado e dito

Um engano, não seria certo dizer ?
Que tudo o que digo é o que não seria dito
Se meus lábios não selassem o mistério
Que o teu olhar sempre me mostrou

No reflexo que sempre estampou no mar
Refletindo o que tu és, em um momento
Em um mero momento, sem espaço e nem tempo
Aonde fostes, foi, será...mesmo que sem tempo

Espaço que ocupou, mesmo não querendo ocupar
Em um tempo que não saberia contar,
Um vazio, ocupado pelo vazio
No vazio tracejado...

Traços...


Magno Pinheiro

14 novembro 2008

Vulgo Desejo

Vulgo Desejo


Não se afaste mais de mim
Menina, aqui estou, em frente ao teu olhar
Te procurando mesmo em sua frente...
Desejo o teu olhar de outra forma

Forma que tu deseja criar
Com tuas mãos nuas e cruas
Criando o mesmo nú que habita o meu corpo
Por debaixo de panos...

Onde tuas mãos possam alcançar
Carinhosamente tocar,
De forma livre, mas ainda tímida
Curiosidade sublime almejada em mim

Cria de seu encanto, que deseja amar,
Sair das cobertas e não mais acobertar
Aquele teu desejo insano que um dia instiguei
Por te descobrir viva nas quatro linhas

Do salão que hoje ganhou o teu cheiro
Com a qual pintou as paredes
Com as formas do teu corpo
Impressas e vivas, tão vivas

Que busco ser o construtor de mais
E mais, o arquiteto de tua morada
Aquele que irá esfregar em seu peito
O vulgo chamado desejo

Que no meu toque, brasa viva
Marquei em tua pele,
E fiz dela a minha propriedade
Onde tu jamais de outra forma

Prazer igual sentirá...


Magno Pinheiro

13 novembro 2008

Pelo teu toque

Pelo teu toque


Seu toque doce e repentino
Me fez despertar de um sonho
Que sonhei até o momento de te encontrar
Tão vivo fiquei ao te ver

Que desejei nunca mais sonhar
Para somente nos teus braços me findar
Criar um lar, fincado eu teu laço
Que aquece o meu lado

Que não ficou de lado, com o teu despertar
Sei que despertou ao me encontrar
Pois sonho tu eras, até me encontrar
Um ao outro, o outro que completa

Que faz o desejo de procurar
Pelo toque, por um simples toque
De um par de lábios quentes
Sedentos pela saliva, que uma vez morna

Encharca de prazer o desejo do outro
Tão quente, molhado, pulsante, vivo
Faz minhas palavras divagarem
Procurando saber se vão existir

Ou se o sussuro por elas, trocar
Fazer da linguagem uma vez secreta
O teu soar, como um gato que ronrona
E por carinho procura...por você

Que me arranha, me marca
E me delimita como seu território
Separando pelo teu desejo, o prazer
Onde virá mais vezes a instigar

Repetidas vezes a instigar
Quando souber que o meu fôlego
Esse...Já não posso mais segurar
E novamente a linguagem secreta

Ao pé do teu ouvido virei a citar
Lentamente, como aquele que está aprendendo a falar
A língua que você sempre desejou dominar
E que ensinarei, pelo teu toque, toda vez que desejar

Pelo teu toque.


Magno Pinheiro

Viver por ti

Viver por ti


Toda espera, mesmo a dela
Faz com que eu veja nela
Um doce pedaço de mim

Imortalizo, amor mestiço
Me deu as cores que preciso
Teu quadro pintarei em mim

Com essa tela faço dela
Amor em forma de aquarela
Um pôr-do-sol pintarei pra mim

Ah...o amor..

Que descobri em teu abraço
Foi melhor que o espaço
Que a saudade deixou aqui

Não quero viver o amor sem ela...
Se por ela...

Todo o amor que eu senti
Foi só por ela, por ela
Quero ser a cor que pinta
A sua tela, sua tela

Pra que veja que o melhor
É viver por ti.

Magno Pinheiro

12 novembro 2008

Um final só para mim

Um final só para mim


Passos largos, nesses passos
Onde trouxe mais a mim
Seus lábios, de cor de carmim

Seja a rosa, mesma rosa
Cante em verso, rima e prosa
Pro amor não se afastar assim

Que dia é hoje eu já nem sei
Mas o céu não ficou assim
Escuro pedaço de mim

Não quero ver o sol assim
Iluminando estradas sem jardim
Não quero ver você assim

Sem ter você em meu encalço
Peço, rogo em vão por ti
Mais um quando, a memória irá trazer para mim ?

Por onde sei que já passou,
Os passos marcados não vão deixar
De percorrer caminhos, no passado

E hão de voltar a ela, tão bela
Por isso rogo ao Deus dessa novela
Para criar um final só pra mim.


Magno Pinheiro

10 novembro 2008

Palavra nº2

Palavra nº2


Cortado por palavras frias,
Coloco-me no lugar em que deseja trancar
Insanidade impertinente, desejo latente
De vivo esta...vivo a enganar

No teu logradouro, marcado
Rabiscado por tuas leis
Um estranho no ninho
Confinado em um louco momento

Surreal é o engano,
Real é o engano,
De acreditar que somos reis
Mesmo que sem palavras fincamos

Em nosso solo, um estranho desejo
De fugir pelo o que foi por tua palavra
Ditado, marcado, rabiscado em sua mente
O que a palavra fria chegou a cortar

O calor de um momento
Que no meu canto pôs
Sozinho, sem o calor de palavras
Que me fariam te procurar

Frias...
Em algum lugar...
A procurar...
Palavras...


Magno Pinheiro

09 novembro 2008

Palavra

Palavra


Antes de tentar desenhar linhas no infinito,
Vesti minhas asas e cantei minhas palavras
De uma maneira sutil, envolto apenas pelo desejo
De buscar o que estava tão próximo de mim

O gosto por tí, a qual dominei desde o primeiro momento,
E que a mim pertenceria, independente do tempo,
Em que as horas iriam brincar, nas escadas da existência
Onde foi guardado o meu primeiro som

Tão vivo, expansivo, que a mim não deveria guardar,
E ao vento novamente deixei partir,
E com a ajuda daquelas que iriam me ajudar
Novamente as vi partir, duas vezes em meu peito

Senti o fôlego se renovar, e por mais que eu deseja-se
Parar o tempo só para ter o prazer de novamente pronunciar
Ela partia, como um pássaro, contente pela liberdade
Que desde o berço ela nunca deixaria de honrar

E és livre, tão livre que te lembro
Que tudo o que fiz por ti, foi apenas te criar
Em um berço quente, lar gentil, peito amado
Onde se um dias retornar, novamente irá se criar

No infinito,
Nas asas da liberdade,
Palavra, minha cria...
Palavra...


Magno Pinheiro

01 novembro 2008

O Pulsar

O Pulsar


Abro para ti o meu peito,
Deixo pulsar em tuas mãos,
Instrumento com que faz o teu destino
O meu precioso tesouro

Que julgo ser puro,
Intocado pelo desejo de não amar
De não desejar me embriagar
Na altivez do amor

Que me leva para o céu
Que rasga nuvens, palavras, limites
Que me faz conversar com o mar
E que pelo mesmo, sinto o desejo de me levar

Ao infinito espelho, de cor azul
Aonde vi tua alma, ao longe
Procurando a minha e me fazendo
Te procurar, tão viva em mim

Que sinto que o pulsar
Não era o do meu coração
Mas do teu, que ensinava o meu a bailar
No mesmo ritmo, tão compassado, tão amado

E acariciado por horas e horas,
Eternidade que não conhece o fim
Onde o teu nome é tudo, e na ausência se cria o nada
Momento inoportuno onde do peito nasce saudade

Ah ! Saudade...
Saudade do tempo onde eu não sentia saudade
Pois tu eras a dona das horas, das caminhadas
Que me levavam até ti

Com tua voz de anjo,
Melodia sem afonia
Proferida pelo teu instrumento
Que guarda a palavra que me fez abrir

E encaixar em tuas mãos
o pulsar de meu peito
Amo-te...
Dona do meu coração.


Magno Pinheiro

26 outubro 2008

Quanto de mim perdi...

Quanto de mim perdi...


Aquele sussuro repentino
Que me faz te sentir perto de mim
Aquele perfume que não me faz te perder
Menina, tudo o que você deseja se encontra nas 4 linhas

Do amor que sinto por você
Do amor que você sente por mim
E que me faz repetir em minha mente :
"Quanto tempo faz que eu não sei, o que é não te amar"

Então pela eternidade eu decidi,
Não olhar para trás,
Não olhar para onde não encontro o teu corpo
Que procura pelo meu

Como um animal no cio
Procurando saciar-se em meu corpo
Em um momento onde eu não paro de repetir :
"Me faça perder a razão, me controle no seu caminhar"

Cheio de malícia, desejo
Pelo teu beijo, pelo teu anseio
Me faça caminhar, rastejar até você
Te encontrar tão viva querendo a mim

Junto a ti, sempre querendo mais
E mais de mim querendo-te mais
Quebrando regras que não existem
Em meu devaneio, ao pensar...

Quanto de mim perdi...
antes de te encontrar


Magno Pinheiro

24 outubro 2008

Segundos

Segundos


O querer, o poder
Te abraçar nas nuvens com a minha alma
Que só deseja o teu enlace
Que me aperte e não me solte mais

Entrelaço versos, rimas e sons nesse apertar
E expresso palavras em harmonia e amor
Escrevo pensamentos como em um lapso de memória
Do meu interior tatuado de saudades !

Detenho-me a doces recordações
E me envolvo em súplicas de felicidade !
Sinto-me leve, me perco sanando a sensação
Sugando teu sabor sensual, em teus lábios imerso
Uso seu prazer no meu, sedento... sinto-me leve

E que tão leve, solto fico, se esse embalo me levar
À loucura, ao extremo prazer que revigora
Me incendeia, me faz invocar tua brasa
Onde a queimadura seria o prazer de te tocar

Numa lentidão impulsionante que trai seu significado
Acelerando, bem rápido, o íntimo, lascinante do coração
Numa canção de amor tocada
Pelas cordas da natureza...

Silêncio, minha voz se silencia para te ouvir,
falar de amor com gestos...

Que consomem, corroem, dilaceram...
Se no teu peito, meu alento não tocar
Tua pele, vestimenta do prazer, cor de seda
Revigoro meus sentidos, quando perto de ti venho a estar

Lembranças, fantasias!
Rostos que ficam, sorrisos que perduram;
Luzes que não extinguem, momentos, fatos...você.
Tudo passa deixando marcas profundas e indeléveis

Doces recordações ! Meu doce desejo!
Prezo o momento de aguardar
Pelo teu toque, que do torpor irá me retirar
Pelo teu doce encanto, pelo infindável amar


Magno Pinheiro & Sandra Araújo

23 outubro 2008

O Amor é...

O Amor é...


O amor é...
Como um pedaço de sonho
Tão lúcido, tão vivo
Que chego a pensar aonde estou

Se em teus braços,
Ou nos braços do que desejo sentir,
Que vive e me ensina a viver,
Pelos teus beijos

Que unem almas,
Que nos ensina a esquecer preocupações
Que nos ensina, o que é trocar desejos
Afagos, anseios, tudo pelo teu toque

Que cobre o meu corpo de sentimentos,
Arrepio que brota do quebrar do gelo
Que existia sem a tua presença,
Hoje o calor nasceu...

E me aqueceu prontamente,
Sem que exista o medo
De me queimar pelo o que eu desejo sentir
E que tão vívido continuará a ser

Depois de te sentir, pois vivo sempre estará
Em minha memória, em meus desejos
De novamente não adormecer, o que foi despertado
Por mais que eu me esforce

Não é a ti que quero perder
Mas o desejo de ficar só,
E que ele se perca no deserto
Onde deixarei em distantes lembranças

Mas que também marcam o início,
De te ter em meus braços e abraços
Quando hoje proclamei
O que o amor é...

Sentir o que sempre sentirei por você,
O prazer de amar...


Magno Pinheiro

22 outubro 2008

Você Acredita ?

Você Acredita ?


Pequenos impulsos brotam do meu ser
Me levam a loucura,
São donos de um mundo só meu
Onde um espelho não reflete o meu sorriso

Dona loucura, não me diga mentiras
Não posso te suportar mais
Como uma tatuagem em minha mente
Não posso apagar as tuas linhas

Das paredes, cantos, recantos
Onde guardo os teus desenhos
Que fora de um molde,
São os que eu não desejo fitar

Aprisione-me em tuas mentiras
Teu desejo de ver somente o que deseja ver
Ah...como eu juraria verdade sem você !
Mas não posso me despedir do que mora em mim

Eu poderia me desgovernar,
Mas há crença em minha mente,
Onde ainda guardo um pedaço que não nasceu de ti
Me jogue em suas linhas, dona de minha loucura !

Dona de passos desconexos, palavras amorfas
Que destinam o destino, e ao destino...
Sopro o que não entenderia por não julgar
Aonde estou ?! tão confuso, tão insano !

É o gemido que proclama de tua boca
Com o fôlego quase esguio de um peito falido
Sem afago, sem perdão, meu perdão
Não posso mais te aguentar

Você acredita em sua mente ?


Magno Pinheiro

15 outubro 2008

Eu quero estar

Eu quero estar


Uma sombra em nossos passos
uma entidade separada
unida pelo o que me fez pensar
no meu eu, quero te encontrar

Além do que eu possa resolver
não ultrapasso os teus limites
ao meu lado tua silhueta se forma
te aviso, sou um pedaço de sua vida

Aquele que brinca com a sorte
que brinca com a solidão
que te envolve em tudo o que acontece
e no final sou o teu par, verdadeiro par

Observe, estou aqui
pronto para lhe amparar
mesmo sem fé, perdido
sem nenhuma palavra a entregar

Não, eu não tenho vida
apenas sou um entusiasmado
onde minha personalidade se mostra
como um pedaço daquilo que deseja mostrar

Não me abandone em sua mente,
eu te sinto, tão vivo
que não posso ultrapassar
ao seu lado
ao seu lado

Eu quero estar...


Magno Pinheiro

01 outubro 2008

Dia e Noite

Dia e Noite


Dia

Nem todo dia é feito de dia,
tem dias que o dia vai até o meio dia,
e o resto é só melancolia
passatempo onde te encontro, solidão

Que me abraça, me acalenta
me encanta e faz do meu olhar
teu objeto de veneração
teu recanto em meu canto

Canto onde juro melodias sem palavras
que guardadas em meu peito
adormeceram quando vieram a saber
a quem endereçavam solidão

Que tão fria prospera
por não querer me esquentar
no sol do dia que é noite
na noite fria que não tem luar


Noite

Nem toda noite e feita de noite,
tem noites que a noite vai até a meia noite,
e o resto é só diversão
passatempo onde te encontro, amor em forma de paixão

Que arrebata e desespera,
que ascende e lá no alto te espera
com um lenço em cada mão
para o teu caminho atar

Atado, tocado pelo teu carinho
tão tocado e atado me sentindo vivo
e por dentro querendo estar
e por dentro querendo morar

E se atado ao teu peito, ficar
rezarei para o dia, dono do amanhã
que me afague, que me ame e me beije
no encontro das horas

que do dia à noite,
da tristeza a felicidade
irei encontrar

Magno Pinheiro

Visões do que é meu

Visões do que é meu


Não posso deixar o teu rastro
consumir o meu mundo, labaredas que castigam
salientam o calor que guarda em suas palavras
agressividade infantil, egoísmo pueril

Onde em um laribirinto esconde o teu eu
criatura assustadora, dona de verdades
e que só ela pode enxergar,por paredes de vidro
o que vês não pode tocar

Ande a sua volta, seja o seu eixo
crie motivos que me façam fugir
de sua órbita insana, seu pesadelo
seu início, seu fim

Seu eco alardeoso,
chama apenas a atenção de teus ouvidos
cujo a voz corresponde ao teus desejos
de focar no teu peito, um mundo só seu

E por mais dizer, que se encontre na piedade
a serenidade não faria companhia,
pois teu destino ainda está longe de ser
o que um dia os outros desejam de você.


Magno Pinheiro

25 setembro 2008

No tão sonhado e doce amanhã

No tão sonhado e doce amanhã


Pelo seu toque, eu cruzaria o céu
desvendaria os mistérios que abraçam o horizonte,
tão longínquo horizonte que os meus olhos tocam
e que me escondem o amanhã

Onde histórias de um presente
ainda a ser contado ganharão o meu afago,
meu toque em tua pele

No tão sonhado e doce amanhã

Que visceja loucamente pelo momento
onde as palavras deixaram de existir
onde somente meus atos serão os teus atos

No tão sonhado e doce amanhã

Viveremos em harmonia
palavra que só possue cor
quando for banhado pelo teu suor

No tão sonhado e doce amanhã

Brilho vivo que hoje canto
no sol do amanhã, no céu que ostenta
um sorriso feito de nuvens

Onde somente eu e você,
seremos um

No tão sonhado e doce amanhã

Magno Pinheiro

17 setembro 2008

Versos Ocultos

Versos Ocultos


Versos em branco
não despertam o que se desejaria ler
simples, envoltos em sí
ocultam o que deveriam ser

Misteriosos, fugitivos de sí
somente palavras, onde duas formarão uma
com o mesmo sentido, sumir
versos, tão versos

No branco que lhe oferece
a oportunidade de ser a ausência
idéias sem permanência
somente versos

E que só despertam mais versos
em um círculo vicioso
de existência pueril
onde no âmago de seu ser

Ocultam o que deveriam ser.


Magno Pinheiro

Eterno Lar

Eterno Lar


Coloque os seus braços a minha volta
e eleve a minha alma aos céus
me faça teu, me faça ser o que venera
a noite, a ausência do silêncio

Que não se limita e é viva
corpo desejoso, flor desinibida
que alavanca investidas
perante o ardor que não se deixa apagar

Fogo que inflama, colore
encobre o corpo de vermelho vivo
destacado em doces suspiros
aonde o desejo não vem a se apagar

Viva alma, que nos céus encontrou morada
elevado por teus braços, ao toque gentil
siga o caminho que me ajudou a trilhar
e faça do meu lado tua morada

Teu eterno lar.


Magno Pinheiro

12 setembro 2008

Chaves

Chaves


Em minhas linhas, escrevo o meu sentimento
ontem guardado a sete chaves,
hoje distinto entre a vossa graça,
que passa a admirar o que se ilumina ao luar

E nelas te mostro todo o meu carinho
com as chaves ainda na porta
espero que a Lua me proteja
para que vossa graça nao os tranque novamente

E por isso te rogo, sopro palavras
por entre os meus lábios
e procuro fazer com que não se percam
e que logo te encontrem, fazendo a felicidade pairar

E que essa felicidade
venha até mim, junto aos seus lábios
e que ela permaneça até a eternidade
e que as palavras te levem o amor

Que somente eu saberei levar,
pois sou dono dos teus desejos
mais secretos desejos, que nunca foram secretos
e que no meu peito nunca deixaram de vibrar

Intensamente...

Agora és dono
dos meus sentimentos, pensamentos
meus desejos, minhas palavras
minhas chaves...

Minha alma...
Tua morada...
Minha alma...
Chaves

Magno Pinheiro e Nathalia Pinheiro

29 agosto 2008

Sou Amor...

Sou Amor...


Eu sou a metade do amor que te falta

Eu sou o sorriso da chegada!
Eu sou o abraço que não te faz se afastar
Eu sou o sussuro e o afago

Que carinhosamente embala o meu desejo de estar ao teu lado

Sou a presença constante

Sou tão teu que as vezes me perco
As vezes sou teu, as vezes sou meu
Tão teu sou, que afirmo ser o que te faz ser necessário
Eu sou, que de tão inconstante passo a vaguear
E de voltas em voltas me vejo
Tão ardente em meu peito
Que chego a pensar...
Eu sou o amor que não espera chegar...
Sou a presença constante...
A ausência, sou tu e tu sou eu...

Sou o dia e a noite,
Sou o adormecer e o despertar
Sou o sonho e a realidade
Sou a vida que desejas
Sou tu e tu sou eu...

Sou a presença constante,
Amor...



Chris F. & Magno Pinheiro

04 julho 2008

Desabrochar

Desabrochar


Se apresse, faça o teu sorriso desabrochar
mostre que os teus lábios, pétalas gentis
que carregam o rosa da rosa
não desejam guardar o presente só para sí

Mostre que o teu mundo, não é só teu
que quando dividido encontra a metade
que só deseja almejar o prazer
de estar ao teu e só ao teu lado

E que cada suspiro,
ah ! cada suspiro,
que suavemente passeia por tuas pétalas
não conseguem esconder

Que a beleza que por anos sustentou,
foi feita para ti, desfrutar e amar
e que por mais que se deixe de dizer
é a ti dono de meu jardim

Que irei me apaixonar


Magno Pinheiro

25 junho 2008

Perto de Você

Perto de você


Não sei o que acontece,
Quando te vejo meu sentido desaparece.
Seja lá o que você diga,
Faça-me sentir mais que sua amiga

Não quero mais viver assim,
Sem você perto de mim.
Tento entender o porquê,
Me apaixonei justamente por você.

Que te amo não nego!
Perto de você eu perco o ego.
Sem ter o que dizer,
Só basta você querer.

Por mais amigo que você seja,
Não me proiba que eu te veja.
Não quero te prender!
Mas você precisa entender:
"Te amo"!

Loucamente te amo
e por mais que a amizade não me permita,
sentir o inevitável, é negar o ar
que não só dilata o meu peito

E me faz suspirar continuamente
como me faz fraquejar quando a palavra
que mais venero do meu peito não posso
proclamar, por que é a ti meu doce desejo

Que eu amo, de tão louco desejo, eu amo
e que somente perto de você
o meu sentimento se faz valer
perto de você...


Janaína Laís Teixeira e Magno Pinheiro

21 junho 2008

Que no peito implora

Que no peito implora


Quando o corpo pede a alma,
sedenta por um corpo que se enebria no desejo
desejo insano de ter o que em vias e vias
se chamou de prazer

Teu toque que não só me incendeia
como me faz pulsar
e que pelo corpo, calafrios a causar
confundem os meus sentidos, eriçam minha pele

Fazem com que se vejam sinais
de um desejo duradouro
e que mostram o quanto
se prosta ao agora

Momento de um tempo onde nem o tempo
consegue apagar, por ser fogo
que derrete, incendeia,
vulgariza, proclama

Por palavras que confusas
soam como sussuros pelos teus lábios
cor de paixão, cor de desejo
onde só o teu corpo consegue apaziguar

E que vibram quando teu alento quente
incendeia novamente o meu corpo
me levando ao prazer, me levando a gozar
em corpo quente, carne viva

Que no peito implora
uma vez mais o teu toque
o toque que incendeia
o toque que faz amar.


Magno Pinheiro

18 junho 2008

Pescador de Ilusões

Pescador de Ilusões


Um pescador de ilusões
que caça estrelas cadentes no infinito pano
que ostentas e que viceja no trafegar
dos teus limites

Meus olhos
prontos a te procurar, brilho
de intenso valor, toque
de intenso ardor, que não lhe deixa
apontar escolhas, apenas desejos
de insano valor.

E que, somente quando te procuro,
me chamas...
Pescador de ilusões.


Magno Pinheiro

03 junho 2008

Duas Jóias

Duas Jóias


São duas jóias,
que ostenta em seu olhar,
de um azul tão profundo
que nem o céu e nem o mar
podem mensurar a beleza,
que viva, desperta o desejo
de quem os deseja fitar

E ambos...

Ambos não se deixam tocar
mas o que tocam, despertam em prazer
por serem a beleza em forma sutil
por serem o reflexo de seu eu,
tesouro guardado, e que a noite,
repousa em sua morada secreta
a morada adormecida

Onde somente o sonhador,
aquele que vive em teus sonhos,
aquele que vive em teus desejos,
pode os tocar, por ser teu
e tão só teu, é destinado a tomar
o tesouro que sempre ostenta
e que real se tornará

Quando oferecido, o tesouro for..
Duas jóias...


Magno Pinheiro

Essa é a minha singela homenagem para Tatiana Mattos, que faz aniversário no dia 03 de Junho

Felicidades !

01 junho 2008

Não seria por menos

Não seria por menos


Não seria por menos,
que a luz dos teus olhos poderiam
iluminar a escuridão que paira sobre o meu ser,
que acalentariam o meu sofrer,
e que me faria te amar

Não seria por menos,
que eu pronunciaria o teu nome às estrelas,
que criaria o meu universo e com apenas o teu nome,
formaria o sol que me aqueceria todos os dias,
desejo maior não há !

Não seria por menos,
que permaneceria no meu ser a melodia
que preencheria a minha mente, o meu ser
só por saber que o teu nome não seria o eco
do vazio e sim do bater de meu coração

Não seria por menos,
que eu me apaixonaria pela tua presença,
que saber que o teu toque, me faria
implorar pelo macio terreno que ostenta,
que o meu desejo em seus braços iria se realizar

Não seria por menos,
que o meu amor por ti haveria de aumentar,
que o sonho estaria a se concretizar,
que somente a ti, dona de meus desejos
novamente haveria de me entregar

Não seria por menos...



Magno Pinheiro

28 maio 2008

Nos fazemos passar

Nos fazemos passar



Nos fazemos passar por sonhos,
em nossas palavras, somos apenas desejo
que repetidas entre os nossos lábios
almejam a eternidade,vicejam um encontro

Um conto, que vivido aqui, passa a existir
em nossos pensamentos, em nossa história
de uma forma sutil, como uma doce melodia
que passa a acariciar a alma do detentor

De tamanho sentimento,
que se faz fluir pelas linhas,
versos e prosas, que homenageiam a vontade
de estar ao lado de quem se gostaria de amar

Bem perto, sentindo o alento aquecer
as partes que não se deixam tocar
mas que desejam se amar, tão lentamente
que a eternidade pararia para observar

Como os seus laços, que sempre existiram,
não poderiam evitar o desejo desenfreado de burlar,
a cruel realidade de existir à distância,
de não compartilhar o mesmo luar

Que clama tão só pela companhia
de um olhar, um só olhar
de dois a olhar, um só sonho
a realização, o eterno amar.



Magno Pinheiro

23 maio 2008

O que completa

O que completa


Eu gostaria de ser a palavra,
para ser pronunciada
pelos teus lábios de maneira gentil,
para deslizar por onde leva a felicidade
que nasce tão melodiosa
pelo rubro veludo que paira
entre o teu sorriso,
meu desejo

Eu gostaria de ser o sol,
para iluminar o teu caminho,
dourar a tua pele,
e eliminar qualquer dúvida
que pudesse escurecer o teu caminho,
pois eu seria aquele que iria te guiar,
eu seria o reflexo do teu olhar

Eu gostaria de ser a chuva,
para acariciar a tua pele,
para banhar o teu corpo
de novas sensações e sentidos
que só o sentido vivo do toque
pode oferecer ao cortejar o teu
campo amado, que tão amado será

Eu gostaria de ser, e sou
sou tudo o que precisa
sou tudo o que deseja,
o que te faz ser feliz
sou teu e somente teu
de desejo, carinho e sentimento
sou o que te completa...

Sou teu e somente teu
O que completa
a tua maneira de amar...



Magno Pinheiro
A nos Visitar


Aqui está,
tão vívida nessas palavras
mesmo a distância,que de tão distante
é pouca, no limite dessa palavra
que nasce de um dedilhado
que se inspira em tua imagem
que fixa um começo não tão distante
e que as vezes é tão curto ao passar
o que se sente e se pretende
quando me inspiro na imagem
que os teus olhos criaram

Vagueio pelo espaço que foi criado
no momento do encontro de nossas palavras
tão vivas que demonstram que somos
o que somos, independente de sermos
mas somos, e nos contentamos com o tempo
que os minutos, horas e dias criaram
desde o encontro das palavras
que criaram, no aqui e agora
a saudade, que nos faz pensar...

Em quando nossas palavras
irão se cruzar novamente
sem que a saudade volte a nos visitar.


Magno Pinheiro