24 abril 2011

O dono do teu ser

O dono do teu ser


Dê me um sinal de que tudo pode mudar
Meu silêncio ensurdecedor, constrangedor
Me guia a um purgatorio, memórias...

Quando os sentidos se confundem
Todo o resto parece esmaecer,
Pedir a mão e não sentir o calor

Transformar o quadro em um milagre
Pintar o rosto, com cores de um sorriso
Cores pálidas, habitantes dos sonhos

Da realidade que se esquiva
E que ao longe faz refletir, um olhar
O verdadeiro desejo, longe, tão longe

Mas dê...

Dê um sinal de que tudo pode mudar
Se encontre longe da noite que tende a acabar
Com o desejo do dia, em que os corpos podem se tocar

E então deixar o sorriso
Ser o dono do teu ser...


Magno Pinheiro

11 abril 2011

Com o nome dela

Com o nome dela


Mocinha, do sorriso de quem só quer
Doar teu colo, teu romance, carinho,
E que se encontra em peleja

Confusa e a vagar, por desejar
Secretamente os mais profundos suspiros
Sorrisos endereçados, olhares tão seus

Em Busca interminável, queres namorar
Ser namorada, se espelhar em outro olhar
Respirar o encanto do fogo e paixão

Mas cega, cega está, com peito vibrante
Disposta a se perder, se entre o teu beijo
Uma nova luz se fizer, resposta

Que hoje só se encontra...

Na verdade, que vai se revelar...

Com o nome dela...


Magno Pinheiro

08 abril 2011

De olhos fechados

De olhos fechados


Pode estar assim, perto da solidão,
E buscar no alto dos olhos
O céu que nunca se perdeu

Encantar as nuvens, descer pelas estrelas
Formar um canto a mais no paraíso
Escrever estórias desse passear

Se entregar ao orvalho, no verde do chão
Correr pela imaginação e voltar pra perto...
Do sonho, noite de onde parti, saudade...

De acordar ao lado de quem me faria
Viver, o encanto da realidade
Uma vez mais, um coração que bate

E por ti chama...

De olhos fechados...

Saudade...



Magno Pinheiro

07 abril 2011

Estranha saudade

Estranha saudade


Voltar, faz voltar a ver,
O sol também pode ser azul
Uma linha a desenhar
Teus caprichos cor de luz

Um verão a mais, sentir
O som do amanhã, estrela
Que ilumina a hora vespertina
A noite também pode sentir

E dizer que chora, chora
Mas que adora sentir
Pintar o rosto com o incolor
Por fora, e por dentro paixão

Sopra do teu peito afora,
Teu lindo gorjear, canta
Canta em teu verso
O que por dentro ainda espera

O que não se consome, um nome
Desejo de romance vindouro
Mas que no teu peito hoje só,
Vibra como a saudade

No teu peito, só...

Um estranho, saudade...


Magno Pinheiro

05 abril 2011

Ciranda

Ciranda


Conversar com o interior das pessoas não é uma tarefa fácil. Logo logo, você se depara com a verdade que o portador acredita ser pura e única. Você se depara com um traçado imaginário que gera contentamento/descontentamento, um reflexo puro, puramente egoísta, o limiar do sorriso plástico, a perfeita aceitação onde o certo seria agradar a sí, em uma ciranda imatura, simples, e longe da complexidade do opressivo mundo exterior. Seres de rodeios, dando voltas e voltas em suas crenças, até o momento em que a rejeição/náusea leva os seres a vomitarem palavras aos algozes que não conseguem atingir a perfeição, como a verdade pura e única...!

Onde está a verdade ? Onde está a esperança, onde está...?

Deixe-me procurar no bolso que guarda em seu interior...


Magno Pinheiro

01 abril 2011

Senhor do Tempo

Senhor do tempo


Por mais que se espere
Que os olhos enxerguem
O encanto que disse não,
Os sonhos sempre se formam

E mentem como a noite
Que esconde as formas
Nublam o teu sentido mais nobre
Os olhos cegos do coração

Em uma leitura em relevo
De toque simples, sentimento,
Fluem por tuas veias
O amor que hoje diz não

Que transgredi a plenitude do tempo
Como em um sorriso singelo,
Prazer enregelado, profundo azul
Um suspiro a mais, um divisor...

Um manto marcado com números,
De razões diversas para acreditar
Que o tempo se enganou ao mostrar
Que hoje, irias despertar de teu sonho

E por mais que se pode esperar...
O dono do tempo se negou, negou...
E os ponteiros sempre sinceros, indicaram
O tempo certo, verdadeiro despertar...


Magno Pinheiro