09 novembro 2008

Palavra

Palavra


Antes de tentar desenhar linhas no infinito,
Vesti minhas asas e cantei minhas palavras
De uma maneira sutil, envolto apenas pelo desejo
De buscar o que estava tão próximo de mim

O gosto por tí, a qual dominei desde o primeiro momento,
E que a mim pertenceria, independente do tempo,
Em que as horas iriam brincar, nas escadas da existência
Onde foi guardado o meu primeiro som

Tão vivo, expansivo, que a mim não deveria guardar,
E ao vento novamente deixei partir,
E com a ajuda daquelas que iriam me ajudar
Novamente as vi partir, duas vezes em meu peito

Senti o fôlego se renovar, e por mais que eu deseja-se
Parar o tempo só para ter o prazer de novamente pronunciar
Ela partia, como um pássaro, contente pela liberdade
Que desde o berço ela nunca deixaria de honrar

E és livre, tão livre que te lembro
Que tudo o que fiz por ti, foi apenas te criar
Em um berço quente, lar gentil, peito amado
Onde se um dias retornar, novamente irá se criar

No infinito,
Nas asas da liberdade,
Palavra, minha cria...
Palavra...


Magno Pinheiro

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