06 dezembro 2008

Foi-se o tempo

Foi-se o tempo


Foi-se o tempo,
Que se deixou levar
Levado, por palavras
Um dia antigo que se passou

No ontem, foi deixado um par...
De idéias, desejos, vontade
Conhecer era o mistério
Mistério que o tempo soube moldar

Com mãos de quem ainda espera encontrar
Respostas, em um toque, em um momento
De desconfiança, cria de um passado incerto
Do que foi resolvido e resolvido deixou de ser

Mas, isso não é certo, ou não seria certo
Dizer que o tempo foi o único a criar
E levar e deixar de formar o que poderia...
Poderia mas não foi, pelo medo de sustentar

Um peso que cansaria o corpo,
Afundaria os passos meio a um sorriso
De quem não sabe se seria certo sorrir
Ou simplesmente vivenciar mergulhado em sentimentos

O que poderia ser, ao lado de dois
Ao lado daquela que poderia ser minha
Minha alegria, minha decepção, meu desejo de criar
Minha palavra, meu abraço, meu afago no peito

Foi-se o tempo, por sermos dois
E no mesmo tempo um tempo em cada tempo
Vivenciado de uma maneira, que quisemos vivenciar
Fugas, desculpas, jogos, tudo o que podia

E o que não podia,
E pelo mesmo motivo
Sem o abraço sincero do outro,
Viemos a ficar

Sem o outro, sozinhos...


Magno Pinheiro

2 comentários:

Anônimo disse...

uma história...um poema
adorei o poema !
bjo

Juliane disse...

É, foi exatamente assim...
Está sendo bom, no entanto diferente, comentar num poema seu que eu sei exatamente do que se trata.rs.
Agora posso afirmar que vc sabe se expressar muito bem... ficou linda a história! Foi-se o tempo, mas que bom que este sempre se renova!
Beijos!