15 dezembro 2008

Liberdade

Liberdade


Eu gostaria de poder velejar pelo mar
E prensar a minha sombra contra as nuvens
Moldar o meu universo de idéias,
E me deixar levar, por onde o vento quisesse me guiar

Tão solto, viajando por correntes
E por correntes caminhar, para onde o seu elo
Me levasse, àqueles que na mesma corrente
Viessem a buscar, liberdade, liberdade...

Que o corpo busca, sede insaciável
Fome insaciável, um corpo sem asas
Um caminho para o paraíso, o eterno...
Desejo de voar ao lado de tuas asas

Formando um vasto corpo, um vasto...
Corpo de andarilhos do ar
Andarilhos que vão e que vem
Sem destino certo, a vagar

Pelas linhas do eterno, sem estarem presos
Livres, a busca de respostas, a busca de perguntas
Mas que ao mesmo tempo, livres delas viriam a estar
Livres, como pássaros sem um ninho, livres

Sempre a buscar do néctar da felicidade
Que viria a viciar e momentamente preencher,
E logo mais despertar novamente fome, sede...
Por algo que eternamente vivenciarei

Mesmo com os pés voltados para o céu
Minha morada, e que de cima a abaixo
Viria a te encontrar, sobre os meus olhos
Estendendo as mãos a procura da corrente...

Do elo, que o meu braço viria a se transformar
Quando ao meu lado viestes a ficar
Em busca daquilo que sempre desejamos
E que nunca pararemos de almejar

Liberdade...


Magno Pinheiro

Nenhum comentário: