04 dezembro 2008

Medo e Coragem

Medo e Coragem


Tive medo de dizer mentiras,
Tive a coragem para dizer verdades
Em um redemoinho insólito
Minha mente procurou em vão

Situações que poderiam ser
Contadas como linhas enfileiradas
Palavras organizadas, histórias
Livro com cor de vida, saudade

Choro ressentido, que nasceu de um amanhã
Sem um agora, sem nada a contar a mais
Por per sido perdido, por ter se perdido
Em uma confusão que somente eu não poderia sustentar

Com braços frágeis e ressequidos
Pela falta de água que nutria meu corpo
Usada para limpar a estrada que a alma toma
Para a ti chegar, e para ti retornar

Ao menos uma vez, ligeiro, como um pensamento
Que somente o vento entende por ser ligeiro
Desapegado, que vive entre trilhas e esquinas
Caminhos por onde andei, caminho por onde andará

Sem passos fixos, somente saudade
Um ali , um outro ali, e um outro lá
Somente saudades, saudade ligeira
Que passa e não se desgoverna

Nem ao menos titubeia, somente passa,
Nesse redemoinho insólito chamado saudade
Onde ruas possuem nomes, e onde nem ao menos
O meu nome, encontrarei por lá

Tive medo de dizer mentiras,
Tive a coragem de dizer verdades
E mesmo um coração que chora
Não nega...sentir saudades


Magno Pinheiro

2 comentários:

Anônimo disse...

um bom poema ... falando de saudade, medo, coragem ... adorei a ultima estrofe !
bjooo

Juliane disse...

Interessante! Sempre me identifico muito com os seus poemas... Saudade, coragem, medo... tudo a ver o momento! Beijos!