03 dezembro 2008

Traços

Traços


E tracejo, por linhas tortuosas
Caminhos, tão longínquos, tão vertiginosos
Que o tempo se distancia do meu espaço
E me faz procurar pelo novo dia

Onde voltei a me perguntar
Se em meu espaço, as horas vieram a contar
Histórias onde tudo era o nada,
E o nada era tudo o que se desejava criar

Fora do esquecer, fora do meu muro
Apelo puro, onde lamentava...um lamento
Que ocupava meu espaço em um abismo
Quadro que esqueci de pintar, sem tinta

Pele seca, sem vida, sem direção
Acima, abaixo, esquerda ou direita
Meros acontecimentos, leves enganos
Aquilo o que foi pensado e dito

Um engano, não seria certo dizer ?
Que tudo o que digo é o que não seria dito
Se meus lábios não selassem o mistério
Que o teu olhar sempre me mostrou

No reflexo que sempre estampou no mar
Refletindo o que tu és, em um momento
Em um mero momento, sem espaço e nem tempo
Aonde fostes, foi, será...mesmo que sem tempo

Espaço que ocupou, mesmo não querendo ocupar
Em um tempo que não saberia contar,
Um vazio, ocupado pelo vazio
No vazio tracejado...

Traços...


Magno Pinheiro

3 comentários:

Anônimo disse...

um otimo poema ... é bom ver poemas com temas variado ! hahaha
bjooo

Anônimo disse...

Ta da hora pra caralho mano!!!
Continua assim!!!


abraço!

Juliane disse...

Lindo... mas meio tristinho né! Que a Lua Cheia venha trazer a alegria aos seus poemas...
Beijos!!!