O Vento
O transtorno que abala os lábios
enclausurados, reféns da solidão
o tom amargurado que assola
antes de nascer, felicidade de quem ?
Se choras antes, secas os caminhos
que a levariam a não se perder,
rio sem sal, rio sem mar,
nadarias sem peso, antes de evaporar
Mas ainda assim dorme,
sono de ontem, sonho do amanhã
se encolhendo
buscando os cantos sem retas
Em um pestanejar sincrônico
um coma induzido pelo selar,
um véu perecível, adornado pelo tempo
do rosado novo ao rosado velho
Selando o vento...
e com ele a paixão de criar
o sentimento tão desejado,
que um dia buscou quando o vento
Ainda sabia voar...
Magno Pinheiro
Um comentário:
Ta lindo mago... Seus poemas sempre incríveis, eles conseguem sempre me tocar a alma!
Postar um comentário