12 janeiro 2012

Pedaços

Pedaços



Na noite que existe
No ar, o alento ensurdecedor
Fugir de sí, ao céu chegar
Cego, surdo e louco.

A saudação de boas-vindas
O fim que retorna ao seu dia a dia
No desespero, seu consolo
Nomes se aproximam, mas quem sou eu ?

Um estranho a vagar, pela aprovação
Que existe em cada um, mas em mim
Miséria, migalhas, sou o que sou
Me conforte sonho ruim.

Estenda a sua mão,
Tire-me de sua realidade
Reflita no espelho aquoso
A única saída, verter.

Para onde o solo é mais próximo
De ponta-cabeça, o estranho mundo
Da imagem sem foco, sem direção
Desgosto com gosto de terra.

Em mil pedaços, estou.



Magno Pinheiro

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