31 janeiro 2012

O Vento

O Vento


O transtorno que abala os lábios
enclausurados, reféns da solidão
o tom amargurado que assola
antes de nascer, felicidade de quem ?

Se choras antes, secas os caminhos
que a levariam a não se perder,
rio sem sal, rio sem mar,
nadarias sem peso, antes de evaporar

Mas ainda assim dorme,
sono de ontem, sonho do amanhã
se encolhendo
buscando os cantos sem retas

Em um pestanejar sincrônico
um coma induzido pelo selar,
um véu perecível, adornado pelo tempo
do rosado novo ao rosado velho

Selando o vento...
e com ele a paixão de criar
o sentimento tão desejado,
que um dia buscou quando o vento


Ainda sabia voar...



Magno Pinheiro

Um comentário:

Pipoca disse...

Ta lindo mago... Seus poemas sempre incríveis, eles conseguem sempre me tocar a alma!