27 agosto 2010

Duas Vidas

Duas Vidas


Um caminho a dois
Mãos lado a lado
Toque sem medo
Somos noite e dia...

Sombras, névoa que habita
Pensamentos cruzados
Linhas que cortam
A irreal serenidade

Onde habitam os olhos
Que não podem ver
Carregam o peso do agora,
Pálpebras, véu do meu céu

Que ignora, estranhos,
Olhares que não pertecem
Ao desejo mais íntimo
Sintonia alada,que por tí

Dasse a pulsar, vívido
Rubro ardor incandescente
Que em meio aos meus braços
Fez morada, metade...

Do agora, do ar que possuo
Que uso para o teu nome chamar
De declamar em linhas, sem segredos
O intenso querer...

De afastar, o que em sonhos
ainda habita
O onírico veraneio celestial
A distância de duas vidas.



Magno Pinheiro

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