18 setembro 2007

Caminhos

Caminhos


Tão triste, triste criança
separada do amor desde o dia em que nasceu
berço sem beira e nem cruz
vagueia pelo ventre da vida
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

Corre pela estrada
e busca a ciranda
de um dia a menos, de um dia a mais
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

Reata o destino
que carrega desde o útero
invólucro complacente
que leva a corda que enforca
e enforca o infortúnio
de um caminho sem luxo, de um caminho sem luz

De um caminho
De um caminho sem luxo
De um caminho sem luz
sem luxo...
sem luz...



Magno Pinheiro

4 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei emocionada ao lê-lo...
Conseguiu me tocar profundamente, pois me lembra uma pessoal de grande importância para mim.
Quero mais...

Anônimo disse...

Mano li esse e o anterior!!!

ta muito foda mano ambos s�o tocantes!!!

parabens mano!!!
fico foda abra�o!

Unknown disse...

Já te disse que adoro a sonoridade que sempre apresentas em teus poemas? E a impressão dos detalhes...o cenário... é a narração de uma história na mente!Bjo!

Juliane disse...

Nossa que profundo! Queria saber o que te inspirou ao fazer esse poema?!
Muito envolvente!
Vou ler os outros... tanto tempo sem te visitar!rsrs...
Beijo!