14 novembro 2011

Quebradiço


Quebradiço 


O enforcado sem corda, desperta
na noite da palavra esquecida
buscando a mímica dos condenados
a mão que pesa na tentativa de reanimar


O coração em torpor, o fantasma do amanhã
que reprime a partida do som, em seu litoral,
peito sem vibração, som sem esquecimento
o corpo que já foi forte


No repetir da história, o tempo empilhado
em fotos que se evaporam, faz o sonho sonhar
no inverso sentido, da nova conquista
onde a chama contorna as pegadas, faça sumir


O que sangra na partida, o silêncioso andarilho
que chama o olhar das palavras impressas,
que busca a iris dominadora, a impressão digital da alma
ligeira, com o senso de ouro, a certeza de estar


Buscando por quem a busca...
no sentimento
que se pode tocar,
aonde está você ?


Magno Pinheiro

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