08 setembro 2011

Do sabor


Do sabor


Mentiras cor de vinho
acariciam a sua garganta
doce que degustas facilmente
que apaga o amargo duvidoso de outrora


Aos meus ouvidos chegaram, contando histórias
mostrando seus adornos, em um aperolado sorriso
maquiando a conversa em tom descontraído


Solando as notas com vigor, em um único sopro
alegria, e em um único devaneio, tristeza
confusão inebriante, irônia recusada


Onde está o sentido ? Meus cinco sentidos
também querem saber, Por onde escapas ?
Furtiva realidade, aonde podemos nos encontrar ?


Incendeiem suas piras, afastem o enxame da escuridão
que zumbindo incomodam os olhos, cegam os ouvidos
farejam as mãos com o seu espaço inerte, apalpam as narinas com o vazio


A quietude...
A quietude se aproxima...
Teu gosto...teu gosto me consome...
Rasga-me o peito e me contorce por dentro


...


E tudo isso porque...
Tudo isso porque,
Eu deixei acariciar meus lábios,
com a cor de vinho, doce que foi, outrora 


Em meu ser...



Magno Pinheiro

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