10 junho 2011

Soldadinho de Chumbo

Soldadinho de Chumbo

O Soldado marcha, com a sua fronte orgulhosa, ritmada, imponente, mas ainda assim sorridente, porque hoje a sua cor em forma de mulher irá encontrar, Violeta é o nome dela, o seu não secreto e perfumado amor.

Pelos campos agora passa a marchar, onde outras cores encontra, mas mesmo assim a sua marcha não diminui, não descompassa, pois ainda não encontrou a cor que dentro do seu peito está a morar !

Seu olhar que antes mirava o céu, céu esse que mostrava o celeste azul que aos poucos se transformava no azul entardecer, lhe fazia lembrar a cor da sua amada de tom elevado, do tom do sentimento amor.

- Guia-me ! Guia-me ! (exclamava o soldado olhando para o sol que minuto a minuto se preparava para se pôr no horizonte). Hoje a minha dama em meus braços estará ! Guia-me, reflexo do meu sorriso, guia-me !

E assim, seguindo o seu sorriso flamejado que agora se vestia com um tom alaranjado, o seu destino encontrou, depois de dez mil passos dados, o seu sentido foi agraciado, um perfume sutil passava a enfeitar o ar, sua presença, a metade do seu tudo ! Era ela, sim, era ela ! A cor do sentimento amor, Violeta, que estava a aguardar a chegada do seu amado soldado, de fronte orgulhosa, de passo ritmado, de presença imponente, e sorridente. Agora nenhuma distância aos dois poderia atrapalhar, o que era metade, agora era o todo e de maneira apaixonada ambos puderam se olhar e em um abraço acolhedor ambos se aconchegaram e deixaram para a noite o resto da história contar.

Magno Pinheiro

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