31 janeiro 2011

Nebuloso

Nebuloso


Sou a nebulosidade que te habita
A imagem sem som que persiste
Em te procurar nos cantos dos olhos
Nos olhos que buscam um outro alguém

Que cansados, se fecharam,
E imitaram as nuvens, onde
Cada memória em que habitou
Se transformou no presente passado

Na distância penosa, no reconhecer
Que todo o sonho, foi ilusão
Que se deixou levar, pela brisa
Da insensatez de um tolo querer

De construir um castelo
Onde cartas rogam fragilidade,
Números são repetidos, caos
O repentino fim agoniado

Respiro...
Busco o ar...
Respiro...
Suspiro...

E finalmente aceito...

Que no meu peito
o peso foi nebuloso.


Magno Pinheiro

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