22 janeiro 2011

Descanso

Descanso


O azul que delicamente sustenta o céu
O negro pálido que assombra a sombra
O vazio que sustenta a solidão
Colunas de mármore se esguiam ao alto

Verdejantes pastos que cortejam o solo
Como um acetinado veio de marfim
Pintam idéias que sussuram o surreal
O assombro inevitável, palavras

Por onde rastejam os pés,
Raizes que se esgueiram no profundo
Asas que adornam a leveza
Gentil beleza, poder contemplar

Com olhos fechados, a fitar
Direções, velocidade, intensidade
O que vejo, senão órbitas sonâmbulas
Em voltas, ao onírico centro do meu ser

Descanso.


Magno Pinheiro

Nenhum comentário: