Descanso
O azul que delicamente sustenta o céu
O negro pálido que assombra a sombra
O vazio que sustenta a solidão
Colunas de mármore se esguiam ao alto
Verdejantes pastos que cortejam o solo
Como um acetinado veio de marfim
Pintam idéias que sussuram o surreal
O assombro inevitável, palavras
Por onde rastejam os pés,
Raizes que se esgueiram no profundo
Asas que adornam a leveza
Gentil beleza, poder contemplar
Com olhos fechados, a fitar
Direções, velocidade, intensidade
O que vejo, senão órbitas sonâmbulas
Em voltas, ao onírico centro do meu ser
Descanso.
Magno Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário