18 outubro 2011

Abraços

Abraços



Eu quero abraçar a sua alma
Ser o seu gentil e amado acolhedor
Quebrar a barreira do som e me fingir de morto
Quando sair do seu lado for a primeira opção

Enterrar qualquer lágrima e colher qualquer carinho,
Se no teu colo o meu rosto se aprumar,
Te carregar pela brisa e espalhar o seu perfume,
Me esconder no escuro e na luz ao teu lado me encontrar

Escutar no silêncio o teu melhor dito,
Em teus olhos, palavras com cores
Que regem o presente, na ordem as vejo
Me instigam, me refletem, são o silêncio com som

Da queda inexistente, a altura sem vogais,
O eterno e melódico sim que me entregas
Gentilmente em cada sorriso transparente, por me aceitar
E ao se aceitar no momento onde dois corações se chamam...

No abraçar das almas.


Magno Pinheiro

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