05 fevereiro 2011

Perfume

Perfume



Não gostaria de dizer
Que o silêncio é o teu encanto
A maneira que me faz sentir
Não se esconde com o selar dos seus lábios

Tua ausência, teu mundo que treme
Abala o aconchego que busco
Em tua pele, que perde o gracejo
Quando não te vejo voltando para mim

Dormência, a que carrego em meus braços
Não sinto mais a temperatura que antes
Foi responsável pelo sorriso que nascia
Em cada poro de meu corpo, solidão

O que me mostra e o que desejas ?
Apenas sinto o inverno confuso
E o vento que corta a cada investida
A quantas estações estou de você ?

Me faça escutar, me faça enxergar
O que não vejo, senão a insegurança
Que ancorada em meu peito se faz cruel
Me ensine uma vez mais a respirar

O perfume que nós dois sentiamos
Ao nos tocar, a essência do sorriso
Sincero, entregue ao peito
Como presente tirado do infinito

Me ensine...



Magno Pinheiro

Um comentário:

Marcella Constâncio disse...

Esse é meu irmãozudo... digo, ex-irmaõzudo! /emoção .... Meu poema lindo! *-*