11 setembro 2012

Veranil


Veranil



Dentro da história
leve como uma pena
a estranha sensação de estar
no ar, sem os pés tocarem
as nuvens, tão distantes...

Que os olhos se enganam ao enxergar
vaga mente, vagamente, mentiras enaltecidas
contornos sem abraços
das velas que se apagaram, lágrimas sem dor

Dentro do coração, o nada se desfaz
um outro algo se faz, nasce sem perder
sem perdão, andando até não encontrar
onde o longe é novamente claro

Nesse tempo em que o verão se distancia
e a cada vez mais a pintura perde o azul
loucura que em algum momento viveu
em cada batida sem eco, de agonia
que distancia a qualquer custo

Do precisar, do viver, o verbo ação
esquecer sem fechar os olhos,
do sorriso que se materializa
feliz como só pode ser,
feliz por não ser...

Shhhhh...


Magno Pinheiro

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