27 março 2011

Febre II

Febre II


Corpos se entrelaçam
Não há dor, vício mundano
Labaredas em suas janelas
Reflexos insanos, intensos

Corpos febris, marcados,
Marcas de calor, sol interno,
Entregues às cinzas do amanhã
Fênix dourada, despertar

Incenso que queima, exala...
Em tua pele, perfume inebriante
Vício sem limites, adrenalina
Selvagem, extremos

Sonho sem regras,
Do despertar sem sono
Do puro desejo policromo
Nos sentidos exacerbados

Do corpo com molde de água,
Onde cristalinas gotas percorrem
O teu corpo, a deslizar...
Entre o respirar, o suspirar

...


Suspiro
Desejo
Entrega
Alívio


Magno Pinheiro

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