01 fevereiro 2010

Saudade do que era bom

Saudade do que era bom

Interpretar a sí mesmo
Tarefa cruel, um olhar pesado
Sugar a alma, sentir o seu tom
celebrar a saudade, se esquecer do que é bom

Vislumbrar sombras, domá-las
Dar-lhe nomes, em um teatro
Sem peça, sem obra
Confuso é o condutor, amoado

Meu canto perdido
Sem notas, se nota
Mimar a sí mesmo
Com a saudade do que é bom

Em um espiral infinito de idéias
Recanto das almas
O falar sem ardor
Agora cinza, sem cor

A quem devo, no silêncio acreditar
Algemado, agoniado
Sem medo da verdade
Mentira...

Com medo daquilo
Que de olhos fechados
Eu pude ver
Verdade...

Saudade daquilo que era realmente bom.


Magno Pinheiro

3 comentários:

Unknown disse...

Não sei de qual dos dois gostei mais...os dois me tocaram...e ainda sim não sei qual deles "escolher". No final, fico com os dois. Não só pela "verdade" das palavras, mas, pela forma que foram colocadas. :-)

Ronaldo (Dinhão) disse...

Muito bom cara pelo tempo que não dava aqui vejo que vc continua em "forma" com seu poemas.

Ronaldo (Dinhão) disse...

as caras*