Linhas Negras
Sou o eu, o aqui tão desesperado
Marcando as horas, encarando o teu reflexo
Em minha mente, exalto tuas curvas
Moldadas pelo vento, esvoaçantes.
Linhas negras, contrastam com o horizonte
Aonde o teu brilho alcança, aonde te entregas
Em meu coração, que de maneira desejosa
Majestosa, impera de maneira soberana.
No castelo que moldaste com tuas mãos
Habilmente devotando o teu suor
Como base para erguer o que desejaste
No corpo teu, tua posse, no enlace.
Cercado para ti, aonde me desejaste
Sem inocência, na beleza em forma de pureza
Me desejaste, e sem ao menos pestanejar
Na sinceridade soube se entregar.
Descobrindo um novo sentido para as palavras
Que de tua boca proferiu, como labaredas vivas
Fogo que não se doma, arde e faz de quem as ouve
Um braseiro egoísta, nunca pronto para se apagar.
Suplicando por um novo ecoar, que de teus lábios
Presente divino, do meu domínio não quero me distanciar
Aqui, olhe, olhe para mim, venha, more em meu peito
Faça do que já é teu, um teu, um pouco mais...
E mais...
E mais...
O eterno...
Mais...
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