02 julho 2009

Linhas Negras

Linhas Negras


Sou o eu, o aqui tão desesperado

Marcando as horas, encarando o teu reflexo

Em minha mente, exalto tuas curvas

Moldadas pelo vento, esvoaçantes.


Linhas negras, contrastam com o horizonte

Aonde o teu brilho alcança, aonde te entregas

Em meu coração, que de maneira desejosa

Majestosa, impera de maneira soberana.


No castelo que moldaste com tuas mãos

Habilmente devotando o teu suor

Como base para erguer o que desejaste

No corpo teu, tua posse, no enlace.


Cercado para ti, aonde me desejaste

Sem inocência, na beleza em forma de pureza

Me desejaste, e sem ao menos pestanejar

Na sinceridade soube se entregar.


Descobrindo um novo sentido para as palavras

Que de tua boca proferiu, como labaredas vivas

Fogo que não se doma, arde e faz de quem as ouve

Um braseiro egoísta, nunca pronto para se apagar.


Suplicando por um novo ecoar, que de teus lábios

Presente divino, do meu domínio não quero me distanciar

Aqui, olhe, olhe para mim, venha, more em meu peito

Faça do que já é teu, um teu, um pouco mais...


E mais...

E mais...

O eterno...

Mais...

Magno Pinheiro

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