19 fevereiro 2008

O poeta e o desejo

O Poeta e o desejo


O poeta quando chora
reflete em sua lágrima o desejo perdido de amar
amarga lentamente a lembrança
de um adeus que profundo e solitário
o visitou sem pestanejar
insistente e temeroso, és um momento bandido
que não escapa e sim persegue
traçando novamente a caminhada
por onde somente a minha alma ousou caminhar...
No desejo de não dizer,
No desejo de não vivenciar
No desejo de não aceitar o adeus
No desejo de não chorar.


Magno Pinheiro

17 fevereiro 2008

Abracei a Ilusão

Abracei a Ilusão


Abracei a ilusão,
ao gritar o seu nome no escuro
cantando palavras que se perdiam
e que fingiam existir em um outro alguém

Abracei...

Abracei a ilusão,
brinquei de me criar em palavras estranhas,
fugindo para mundos que deixavam de girar,
me afogando em meu oceano de incertezas

Abracei...

Abracei a ilusão,
separando o ontem do amanhã
me congelando em um presente
onde só o meu desejo insistia em reinar

Abracei...

Abracei a ilusão,
onde somente as tuas palavras eu pude escutar
e entre tantas que alimentavam o meu desejo
eu agora sei, que no seu peito eu não posso habitar

No ontem...abracei a ilusão
No hoje...abraço a ilusão
No amanhã...abraçarei a ilusão

Enquanto existir o desejo
Ilusão...



Magno Pinheiro